sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ativistas indianos protestam contra destruição de cemitério cristão

Ahmedabad 

 Nesta última quarta-feira, 1º de fevereiro, integrantes da associação nacional cristã All India Christian Council (AICC) foram às ruas de Ahmedabad, capital do estado de Gurajat, na Índia, para protestar contra um ato que eles consideraram bárbaro e desrespeitoso. No último dia 26 de janeiro, um antigo cemitério cristão, situado em Sabarmati, próximo à cidade Ahmedabad, na Índia, foi destruído com tratores. A suspeita é de que os responsáveis pela ação tenham sido grupos radicais hinduístas, muito ativos no estado.
Durante o protesto, realizado em frente a edifício administrativos, milhares de cristãos indianos invocaram garantias, direitos, tutelas, respeito e liberdade religiosa.

Cenário desolador
Ativistas da AICC, que visitaram o cemitério cristão logo depois do ocorrido, viram um cenário desolador. Eram lápides e cruzes destruídas, uma parte do campo devastada e outra parte aplainada por tratores e transformada em estacionamento. Conforme a agência católica de notícias Fides, testemunhas que disseram ter visto a ação afirmaram que os encarregados pelos tratores e caminhões usaram o pretexto de que estavam fazendo uma limpeza na área.
Assim que ficaram sabendo da destruição do cemitério, os ativistas da AICC apresentaram queixa formal à polícia local de Sabarmati. Contudo, como, segundo eles, a polícia não fez nada, foram obrigados a refazer a denúncia em 31 de janeiro. Nesta ocasião, informaram ainda esferas governamentais mais elevadas e pediram inquéritos e resultados.
Ante esta situação, os ativista da AICC agora pedem a renúncia imediata do primeiro-ministro de Gurajat, Narendra Modi, que segundo eles é muito próximo a grupos extremistas hinduístas e do chefe de polícia de Sabarmati, S.D. Patel, "por não ter cumprido seus deveres constitucionais".
A área em que foi construído o cemitério em Sabarmati foi concedida aos cristãos(católicos e protestantes) indianos na década de 1940.

Com informações da Agência Fides.

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