quarta-feira, 23 de maio de 2012

O que é a Divina Providência?

José, o filho mais amado de Jacó, foi vendido como escravo pelos próprios irmãos. Disseram estes ao pobre pai que uma fera havia comido aquele a quem a Providência havia mostrado sua predileção através de sonhos. A Bíblia descreve a dor de Jacó, o pai que amava o caçula prometido por Deus, dotado de tantos dons naturais e sobrenaturais. Após anos de separação, por causa de uma seca que assolou a Palestina, os irmãos do escravo José encontraram-se agora com o vice-rei do Egito.

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A cena da autorrevelação de José aos seus irmãos é comovente. O escravo vendido pelos seus parentes havia se tornado o segundo homem do Egito e lhe cabia a missão de salvar a seus irmãos da miséria. O próprio José explicou a grandeza do acontecimento: "não fostes vós que me fizestes vir para aqui. Foi Deus. [...] Premeditastes contra mim o mal: o desígnio de Deus aproveitou-o para o bem [...] e um povo numeroso foi salvo" (Gn, 45, 8; 50, 20). Esta é uma das inumeráveis ações da Divina Providência. Quantas e quantas vezes vê-se na História da Salvação, que Deus em sua oni­potente Providência, pode tirar um bem consequente do mal, mesmo moral, causado pelas criaturas. Este atributo de Deus é ao mesmo tempo pervadido de grandeza e mistério. Por esta razão, São Paulo exclama: "Ó abismo de riqueza, de sabedoria e de ciência em Deus! Quão impenetráveis são os seus juízos e inexploráveis os seus caminhos!" (Rm 11,33). Ajoelhado diante desta magnitude, é natural que nos perguntemos: o que a doutrina Cristã ensina acerca da Providência Divina?

O que é a Divina Providência?
Ensina o Catecismo que "a divina Providência consiste nas disposições pelas quais Deus conduz, com sabedoria e amor, todas as criaturas, para o seu último fim"[1]. Toda a criação foi formada "em estado de caminho" para uma perfeição última destinada por Deus a todos os homens: a salvação eterna[2].
Chamamos Divina Providência às disposições pelas quais Deus conduz a sua criação em ordem a essa perfeição. O Concílio Vaticano I afirma que "Deus guarda e governa, pela sua Providência, tudo quanto criou, ‘atingindo com força de um extremo ao outro e dispondo tudo suavemente' (Sb 8, 1). Porque ‘tudo está nu e patente a seus olhos' (Hb 4, 13), mesmo aquilo que depende da futura ação livre das criaturas".[3]

O que a Bíblia fala sobre a Providência de Deus?
Na Bíblia encontramos diversos testemunhos desta ação divina. Deus não deixa faltar o maná ao povo no deserto e cuida da viagem de Tobias (cf. Tb 2. 12-18). A solicitude da Divina Providência é concreta e imediata, abrange tudo, desde os mais insignificantes pormenores até os grandes acontecimentos da história do mundo. Os livros santos afirmam, com veemência, a soberania absoluta de Deus no decurso dos acontecimentos: "Tudo quanto Lhe aprouve, o nosso Deus o fez, no céu e na terra" (Sl 115, 3); "há muitos projetos no coração do homem, mas é a vontade do Senhor que prevalece" (Pr 19, 21).
Muitas vezes, vemos o Espírito Santo, o autor da Sagrada Escritura, atribuir a Deus certas ações, sem mencionar causas segundas: "Deus protege a viúva e o órfão". Como estes, diversos são os exemplos na Bíblia. O Catecismo recorda que isso não é "uma maneira de dizer" primitiva, mas sim um modo profundo de afirmar o primado de Deus e seu senhorio absoluto sobre a história e sobre o mundo (Cf. Is 10, 5-15;45, 5-7;Dt 32, 39;Eclo 11,14). Desta forma, Deus nos ensina a ter confiança n'Ele. A oração dos Salmos é, aliás, a grande escola desta confiança (Cf. Sl 22; 32; 35; 103; 138).
No Evangelho, Jesus nos convida a um abandono filial à Providência do Pai Celeste, que cuida das pequenas necessidades dos seus filhos: "Não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? Que havemos de beber? [...] Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso. Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo" (Mt 6, 31-33; Cf. Mt 10, 29-31; Mt 6,11).
O apóstolo São Pedro exorta aos primeiros cristãos: "Lançai sobre Deus toda a vossa inquietação porque Ele vela por vós" (1Pd5, 7; Cf. Sl 55, 23). Esta era a firme crença nos primórdios do Cristianismo como afirmavam diversos Padres da Igreja: Clemente de Alexandria[4], Orígenes e Santo Agostinho[5].

Existe o acaso?
Há diversas correntes de pensamento que negam a existência da Divina Providência. A primeira delas argumenta que a existência do acaso elimina a possibilidade de que Deus governe todos os acontecimentos. Segundo alguns autores, o mundo é regido pelas suas regras. O cair de uma folha, o cantar dos pássaros ou mesmo o existir de um animal na profundeza dos mares em nada é influenciado por Deus que não governa todos os aspectos da vida.

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De fato, é preciso reconhecer que existem três tipos de acontecimentos: um é casual, totalmente neutro em ordem à nossa salvação. Não se pode encontrar razões a não ser na casualidade para fatos como alguém sentar ao meu lado no ônibus usando uma camisa de determinada cor. São acontecimentos realmente neutros, normais e aleatórios em nossa vida[6]. Entretanto, há também certos eventos em nosso cotidiano que derivam da liberdade ou da contingência humana. O filho estudar em determinado colégio, não é casual, deriva da vontade dos pais, que preveem e predeterminam algo em relação aos seus filhos. Orientam assim ocasiões para o bem de sua prole.
Todavia, de forma muito mais comum do que pensamos, inúmeros acontecimentos da vida correspondem a verdadeiros desígnios da Providência. Segundo o Divino Mestre, nenhum fio de cabelo cai de nossa cabeça sem Seu consentimento (cf. Lc 12,7).
Acrescenta-se ainda que Deus é a causalidade universal de todos os acontecimentos, mesmo dos casuais, Ele é o Senhor mesmo do acaso, pois é a origem primeira de toda a criação. Por esta razão, Deus conhece em sua Providência todas as coisas. De fato, providência deriva de pro, um prefixo grego, que significa antes, e de vidência, deriva do verbo latino videre, ver. Deus vê tudo com antecedência.
A Providência de Deus não predetermina os acontecimentos, mas permite e orienta as situações em ordem à nossa Salvação. Sendo Senhor das regras e leis da natureza, pode prever com insuperável e misteriosa ciência - a qual nossa razão humana não pode alcançar - detalhes mínimos da vida cotidiana para o bem das almas.
Conta-se que certa vez, uma senhora tentada de suicidar-se carregou um revólver a fim de cumprir seu triste objetivo. No momento em que ia desferir contra si o disparo, ouviu o toque da campainha da casa. Para atender aquele que seria seu último contato neste mundo, depositou a arma sobre a mesa e apenas viu um envelope de uma campanha católica. Ao abri-lo uma imagem da Virgem Maria a fez cair em si. Admirada, abandonou a ideia de suicídio e voltou à frequência da Igreja. O carteiro nem imaginava que a Providência Divina contava e seus passos a fim de salvar uma vida...
Frei Garrigou-Lagrange recorda que "por insondável que seja esta sabedoria divina não é obscura para nós, senão porque é demasiado luminosa em si mesma"[7]. A providência é uma consequência dos atributos da onisciência e da onipotência de Deus. A providência é ditada pela bondade generosa e misericordiosa de Deus. É pessoal; cuida com amor de cada homem; não é uma ação automática e mecânica. Deus a tudo sustenta. Se, hipoteticamente, esquecesse um momento de alguém, este voltaria ao nada, deixaria de existir.
A presciência de Deus quanto aos acontecimentos contingentes à vontade humana é um dogma definido pelo Concílio Vaticano I. A providência elimina o casual. Esta ideia é tão racional que mesmo certos povos antigos chegaram à conclusão da Providência Divina. Existe referência a este atributo divino em muitas religiões antigas e na filosofia grega.

A Providência Divina não limita a liberdade do homem?
Outra objeção contra a existência da Providência Divina está na liberdade do homem, pois se Deus soubesse nossas atitudes desde toda eternidade, significaria que elas são predeterminadas. Isto redundaria que conforme defenderam vários hereges, não possamos ter plena liberdade. Existem assim os predestinados à salvação ou à condenação eterna. A Igreja rejeita estes erros contrários à esperança e ao temor cristão, porque levam o homem ao desespero ou à presunção de sermos salvos.
É preciso observar ainda que há uma distinção entre providência e predeterminação. Se Deus determinasse todos os atos humanos, sua salvação ou perdição eterna, o homem não possuiria liberdade. Deus prevê as ações dos homens antes mesmo de criá-los. Isto não desdoura a perfeição da criação, mas glorifica seu Autor em razão da capacidade de criar seres livres ainda que sejam capazes de Lhe ofender[8].
Ora, Deus é o Senhor soberano dos seus planos. Mas, para a realização destes, serve-Se também do concurso das criaturas. Isto não é um sinal de fraqueza, mas da grandeza e bondade de Deus onipotente. É que Ele não só permite às suas criaturas que existam, mas confere-lhes a dignidade de agirem por si mesmas, de serem causa e princípio umas das outras e de cooperarem, assim, na realização do seu desígnio.
Ensina o Catecismo que, aos homens, Deus concede a participação na sua Providência, confiando-lhes desde o início do mundo a responsabilidade de "submeter" a terra e dominá-la (cf. Gn1, 26-28). Assim, concede-lhes que sejam causas inteligentes e livres para completar a obra da criação e aperfeiçoar a sua harmonia, para o seu bem e o dos seus semelhantes.
Entretanto, ainda que sejamos muitas vezes cooperadores inconscientes da vontade divina, podemos entrar deliberadamente no plano divino, através das obras de apostolado e das orações, como também pelos nossos sofrimentos (Cf. Cl 1,24). Tornamo-nos, então, plenamente "colaboradores de Deus" (1Cor 3, 9; Cf. 1Ts 3,2.) e do seu Reino (Cf. Cl 4,11)[9]. Assim, Deus é a causa primeira, que opera nas e pelas causas segundas: "É Deus que produz em nós o querer e o operar, segundo o seu beneplácito" (Fl2, 13; Cf. 1Cor 12, 6).

A Providência não pode evitar o mal e o sofrimento?
Narra Battista Mondin, que durante a II Guerra Mundial um soldado nórdico tomou à força o filho recém-nascido de uma prisioneira. Atirando-o ao chão, esmagou com o calcanhar a cabeça da criança diante da pobre mãe[10]. O fato é chocante. Por esta razão, certos autores se perguntam, por que não interviu Deus diante de tamanha crueldade? Enfim, por que Deus permite o mal sobre a Terra?

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O Catecismo ensina que a esta questão, "tão premente como inevitável, tão dolorosa como misteriosa, não é possível dar uma resposta rápida e satisfatória"[11]. É o conjunto da fé cristã que constitui a resposta a esta questão. É a bondade da criação, o drama do pecado, o amor paciente de Deus que vem ao encontro do homem pelas suas alianças, pela Encarnação redentora de seu Filho, pelo dom do Espírito, pela agregação à Igreja, pela força dos sacramentos, pelo chamamento à vida bem-aventurada, à qual as criaturas livres são de antemão convidadas a consentir, mas à qual podem, também de antemão, negar-se, por um mistério terrível. Não há nenhum pormenor da mensagem cristã que não seja, em parte, resposta ao problema do mal[12]. Todavia, ainda poderíamos nos perguntar: Por que Deus não criou um mundo tão perfeito, que nenhum mal pudesse existir nele? De fato, Segundo São Tomás, no seu poder infinito, Deus podia ter criado um mundo melhor[13]. No entanto, na sua sabedoria e bondade infinitas, Deus quis livremente criar um mundo "em estado de caminho" para a perfeição última. Este devir implica - no desígnio de Deus, juntamente com o aparecimento de certos seres e o desaparecimento de outros - o mais perfeito, com o menos perfeito; as construções da natureza, com as suas destruições. Com o bem físico também existe, pois, o mal físico durará enquanto a criação não tiver atingido a perfeição[14].
Os anjos e os homens, criaturas inteligentes e livres, devem caminhar para o seu último destino por livre escolha e amor preferencial. Assim, podem desviar-se do seu fim último ordenado e racional e de fato pecar, como narra a História e nossa experiência própria. Foi assim que entrou no mundo o mal moral, ou seja o pecado,incomensuravelmente mais grave que o mal físico. Deus não é, de modo algum, nem direta nem indiretamente, causa do mal moral[15]. No entanto, permite-o por respeito pela liberdade da sua criatura e misteriosamente sabe tirar dele o bem. Como no caso de José do Egito, Santo Agostinho afirma que "Deus todo-poderoso [...] sendo soberanamente bom, nunca permitiria que qualquer mal existisse nas suas obras se não fosse suficientemente poderoso e bom para do próprio mal, fazer surgir o bem"[16].
Os santos sempre afirmaram esta verdade. Santa Catarina de Sena declarava aos "que se escandalizam e se revoltam contra o que lhes acontece": "Tudo procede do amor, tudo está ordenado para a salvação do homem, e não com nenhum outro fim"[17]. O inglês, São Tomás Moro, pouco antes do seu martírio, consola sua filha com estas palavras: "Nada pode acontecer-me que Deus não queira. E tudo o que Ele quer, por muito mau que nos pareça, é, na verdade, muito bom"[18]. Juliana de Norwich: "Compreendi, pois, pela graça de Deus, que era necessário ater-me firmemente à fé [...] e crer, com não menos firmeza, que todas as coisas serão para o bem [...]. Tu mesmo verás que de todas as maneiras serão boas"[19]. São Paulo Apóstolo não hesita em afirmar que "tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8, 28).
De fato, do maior crime praticado na História, como a condenação e morte do Filho de Deus, causado pelos pecados de todos os homens, Deus, pela superabundância da sua graça (cf. Rm 5, 20), tirou o maior dos bens: a glorificação de Cristo e a nossa redenção.

A Fé na Divina Providência de Deus nos convida à confiança.

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Ainda quando nos sentimos nesta vida desorientados, sem o rumo certo ou numa verdadeira "avenida de becos sem saída", devemos nos lembrar que Deus guia nossos passos. Os caminhos divinos podem nos ser de fato desconhecidos e dolorosos, mas devemos tanto nos imprevistos miúdos do dia-a-dia como e sobretudonos grandes dramas da existência, ver os dedos discretos, amorosos e eficazes de Deus, guiando a trama de nossa vida. Assim, seremos verdadeiramente tranquilos e pacientes, abandonando-nos totalmente aos cuidados da Divina Providência.  

Por Marcos Eduardo Melo dos Santos

Um milhão de pessoas na Missa do Papa no Encontro Mundial das Famílias, em Milão

Cidade do Vaticano 
 Na Missa que Bento XVI celebrará na conclusão do VII Encontro Mundial das Famílias, em Milão, no norte da Itália, haverá cerca de um milhão de pessoas. Depois da Cidade do México é a Igreja ambrosiana que acolherá os peregrinos do mundo todo, em sua maior parte de língua espanhola, da França, Alemanha e países do Leste Europeu.

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No Vaticano, na coletiva para a imprensa da última etapa antes do início do evento foi reafirmado o valor indiscutível da família para o bem da sociedade. Participaram o anfitrião do Encontro, o cardeal arcebispo, Angelo Scola; o presidente do Pontifício Conselho para as Famílias; e o Prof. Pierpaolo Donati, autor do livro "Famiglie risorsa della società" (Famílias recurso da sociedade) que apresenta uma imagem muito diferente daquela difusa na mídia.
Família, trabalho e repouso
O tema do próximo Encontro das Famílias tem o objetivo de reafirmar a relação entre a família e o trabalho e o repouso como componentes da própria existência.

"A família - observou o Cardeal Scola - fundamentada no matrimônio fiel entre um homem e uma mulher e aberta à vida, sem falar de todas as evoluções culturais que a caracterizam, continua a se impor como via mestra para a geração e o crescimento da pessoa. Nessa a criança, chamada por nome, aprende a dizer "eu". Sentindo-se seguro pelo amor do papai e da mamãe, desde os primeiros passos, entrevê o futuro como promessa. Baseado nessa certeza se dispõe à tarefa que a vida lhe impõe, sem temer o sacrifício. Em tal modo, desde a primeira infância todos descobrimos o sentido do trabalho, antes na sua versão escolar e depois como profissão".
A partir desta explicação parte o valor do repouso que não deveria ser "subestimado", disse o arcebispo de Milão. O repouso e o estar junto da família reencontra "a energia para nos imergir no trabalho cotidiano". E isto será também a realidade do Encontro em Milão. Estão previstos 7 mil participantes no congresso teológico e depois 50 mil visitantes da Feira Internacional da Família, número que aumenta para 300 mil na vigília de oração e dos testemunhos do sábado, dia 2 de maio na presença do Santo Padre ao qual serão dirigidas também perguntas.

O clímax será a Missa presidida por Bento XVI na presença de cerca de um milhão de pessoas.
A família contribui na formação dos valores e abre para a sociedade. Um gesto simbólico e concreto da proximidade da Igreja à família e de caridade do Papa será um almoço junto a cinco famílias em representação dos cinco continentes, e também um almoço oferecido às famílias pobres da diocese pela Universidade Católica.

A Família é um grande recurso
Falando sobre o valor que a família traz para a sociedade, o prof. Donati, autor de uma nova pesquisa aprofundada sobre a realidade do tecido da família de hoje, disse com firmeza que são "o Estado e o mercado que estão destruindo a família". Um fato que é demonstrado também pela pesquisa realizada sob sua direção. A família "não é um peso, um obstáculo, mas um grande recurso", afirmou. O tradicional modelo diminui na sociedade de hoje.
Um dos resultados mais impressionantes e em contraste com a opinião difusa e promovida é a atualidade e validade da família também hoje. As famílias mais numerosas paradoxalmente são aquelas "mais felizes, mais satisfeitas" e mais confiantes.

"O problema de fundo - continuou o professor da Universidade de Bolonha - é que a nível mundial é colocado em discussão o modelo da família "normo-constituída", aquela fundamentada no matrimônio homem-mulher e com dois ou mais filhos, que se considera seja já uma instituição do passado. O grande desafio é demonstrar, ao contrário, que este modelo é uma instituição do futuro, que se torna cada vez mais fundamental para o futuro da nossa sociedade". (AA/JS)

terça-feira, 22 de maio de 2012

Pastoral da Saúde vai analisar denúncias de médicos do RN


A Pastoral da Saúde do Regional Nordeste 2 (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) vai analisar a grave situação de falta de vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. O material será encaminhado para a Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Natal. Conforme reportagem do UOL seis bebês e duas crianças estão à espera de leitos de UTI em hospitais da capital potiguar. O problema foi exposto por médicos plantonistas no domingo, dia 20, via Twitter.

Segundo os médicos da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), também conhecida como Maternidade de Natal, a unidade está superlotada e há carência de pessoal. Cinco bebês em estado grave estariam recebendo cuidados em uma sala improvisada do centro cirúrgico. De acordo com a pediatra Uelma Medeiros, não há como oferecer assistência a todos os casos que chegam à MECJ porque a unidade está trabalhando acima da capacidade.

Há também a denúncia de que no Hospital Maria Alice Fernandes (HMAF), também em Natal, há falta de vaga nas UTIs e crianças estariam recebendo atendimento em local inadequado.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte, Geraldo Ferreira, informou que o sindicato vai visitar as delegacias de cada bairro onde estão localizados os hospitais para que sejam abertos inquéritos policiais contra o governo do estado.

De acordo com Ferreira, o sindicato ainda vai denunciar à polícia a morte de três crianças que necessitavam de UTI e não tiveram a assistência devida. Segundo o sindicato, um delas estava com problemas no aparelho gastrointestinal e necessitava de aparelhos para mantê-la viva e o tempo de espera por uma vaga na UTI resultou no óbito antes da transferência.

A Secretaria Estadual de Saúde e a direção dos hospitais envolvidos não se manifestaram sobre o ocorrido.

Fonte: Pastoral da Saúde NE 2

CNBB propõe estudo dos 4 Evangelhos para o mês da Bíblia


A Bíblia, desde sempre, faz parte da caminhada do povo de Deus. “É nela que penduramos todo o nosso trabalho”, conforme nos ensina frei Carlos Mesters. A partir do Concílio Vaticano II, marco fundamental para o florescimento de uma Pastoral Bíblica da Igreja no Brasil, a Bíblia foi conquistando espaço e recuperando sua condição de valor fundamental na vida e na missão da Igreja.

No Brasil, o desejo de conhecimento e de vivência da Palavra fez surgir, com muito sucesso, a prática da leitura e reflexão da Bíblia nas famílias, nos quarteirões, nos círculos bíblicos, em grupos de reflexão, grupos de rua.

O Mês da Bíblia, criado em 1971 com a finalidade de instruir os fiéis sobre a Palavra de Deus e a difusão da Bíblia, também foi fundamental para aproximar a Bíblia do povo de Deus. Propondo um livro – ou parte dele – para ser estudado e refletido a cada ano, o Mês da Bíblia tem contribuído eficazmente para o crescimento da animação bíblica de toda pastoral.

Em continuidade a esta história, a Comissão Episcopal Pastoral Bíblico-catequética da CNBB definiu que, no Mês da Bíblia dos próximos quatro anos (2012-2105), serão estudados os evangelhos de Marcos (2012), Lucas (2013) e Mateus (2014), conforme a sequência do Ano Litúrgico, completando com o estudo de João em 2015.

Esta sequência repete a experiência feita entre 1997-2000, por ocasião da celebração do Jubileu 2000. O enfoque, agora, é outro. Visa reforçar a formação e a espiritualidade dos agentes e dos féis através do seguimento de Jesus, proposto nos quatro evangelhos. Está tanto na perspectiva de discípulos missionários e da Missão Continental, conforme nos pede a Conferência de Aparecida, quanto no esforço da Nova Evangelização proposta pelo papa Bento XVI.

Cada evangelho será relido na perspectiva da formação e do seguimento, destacando o que é específico de cada evangelista, bem como da comunidade que está por trás de cada evangelho.

No Mês da Bíblia deste ano de 2012, será estudado o evangelho de Marcos a partir do tema “Discípulos Missionários a partir do evangelho de Marcos” e do Lema “Coragem! Levanta-te, ele te chama!” (Mc 10,49).

O material – livro para aprofundamento e círculos bíblicos- já está pronto e poderá ser adquirido nas Edições CNBB: vendas@edicoes.cnbb.com.br.

Médico abortista na Argentina diz: Não há mulher que não conviva com culpa por ter abortado

O cirurgião abortista argentino Germán Pablo Cardoso, que confessou sem nenhum remorso praticar abortos desde o ano 2000, pelo preço médio de 3,500 pesos (ao redor de 786 dólares), admitiu que não há mulher que não tenha remorso pela decisão de abortar.
Em uma entrevista à MDZ Radio, Cardoso, de 54 anos e chamado pelo apelido de "Doutor Aborto", reconheceu que para as mulheres, abortar "é um peso, uma dor na alma, e não tem mulher que não conviva com culpa".
O cirurgião foi detido pelas autoridades argentinas em junho de 2011, acusado de realizar abortos ilegalmente, mas foi deixado em liberdade pela juíza que dirigiu o caso.
De acordo com os investigadores do caso, Cardoso entrava em contato com mulheres desesperadas através de páginas da internet, onde ele mesmo se colocou o apelido de "Doutor do aborto".
Durante a inspeção ao seu consultório nessa ocasião, a Polícia Metropolitana de Buenos Aires reportou que suas instalações são precárias e o encontro de fetos no local.
Cardoso admitiu, durante o diálogo com a rádio, que continua fazendo abortos e que se uniu à causa de grupos feministas para pedir a liberação do aborto na Argentina.
Sem nenhum constrangimento, o "Doutor Aborto", disse que ele pratica a "técnica cirúrgica" da dilatação e aspiração, para acabar com a vida das crianças no ventre.
Cardoso justificou a sua prática abortiva dizendo que, segundo ele, são feitos 500 000 abortos ao ano na Argentina e que "nem a metade das práticas que se realizam são feitas por médicos".
O "Doutor Aborto" revelou que sua família o apóia na sua prática anti-vida. "Se estivéssemos na Europa ou nos Estados Unidos, não estaríamos falando de algo ético, nem de culpas, seria uma questão de fazer as leis que fazem falta".
Cardoso não manifestou nenhum remorso por realizar abortos, e indicou que ele ajuda às mulheres que o procuram como último recurso.

Fonte: ACI

Bento XVI: Não há nada que a força da oração não consiga


Em suas palavras prévias à oração do Regina Caeli, na Praça de São Pedro, junto a milhares de fiéis, o Papa Bento XVI animou a confiar plenamente na oração ao Senhor para alcançar nossos desejos.

Bento XVI sublinhou que “para alcançar as petições que temos em nosso coração, não há melhor médio que pôr a força de nossa oração naquela coisa que agrada mais a Deus".

"Então, não só dará o que lhe peçamos, que é a salvação mas ainda mais, o que Ele vê que nos convém e embora não o peçamos”.

O Papa assinalou que a Ascensão de Jesus aos Céus, Festa que a Igreja celebra hoje, “proclama não só a imortalidade da alma, mas também aquela da carne".

"Não só confirmados como possuidores do paraíso, mas também penetrados em Cristo nas alturas dos céus”.

O Santo Padre explicou que com o mistério da Ascensão, Deus “nos diz que em Cristo nossa humanidade é elevada às alturas de Deus, e assim, cada vez que oramos, a terra se une ao Céu. E como o incenso, queimando, faz subir para as alturas sua fumaça de suave aroma, deste modo, quando elevamos ao Senhor nossa fervente e confiada oração em Cristo, ela atravessa os céus e alcança o Trono de Deus, escutada por Ele e respondida”.

“Por isso, quando os discípulos viram o Mestre elevar-se sobre a terra e elevar-se às alturas, não invadidos pelo desconsolo, mas pelo contrário, experimentaram um grande gozo e se sentiram impulsionados a pregar a vitória de Cristo sobre a morte. O Senhor ressuscitado atuava neles, distribuiu a cada um deles um carisma próprio, para que a comunidade cristã, em seu conjunto, refletisse a harmoniosa riqueza dos Céus”.

O Papa recordou que Deus depositou em todos um dom, a uns deu o “dom de ser apóstolos, a outros profetas, a outros pregadores do Evangelho, a outros pastores ou mestres”, e “organizou em ordem à edificação do Corpo de Cristo, até que todos cheguemos à plenitude de Cristo”.

Bento XVI indicou que a Ascensão do Jesus se cumpre quarenta dias depois de sua Ressurreição e marca o cumprimento da salvação iniciada pela Encarnação. O Senhor, “depois de instruir pela última vez os seus discípulos, sobe ao céu".

"Mas não se separou de nossa condição; mas com efeito, (...) revelou o destino final de nosso peregrinar terrestre”.

Bento XVI sublinhou que a Ascensão é o último ato de nossa liberação do pecado, e assim como o Senhor “descendeu do Céu por nós, sofreu e morreu na cruz por nós, também ressuscitou e retornou a Deus, por isso não está longe, mas é nosso Deus, Nosso pai”.

Ao concluir a oração do Regina Caeli, o Papa recordou a celebração da Jornada das Comunicações Sociais, cujo tema deste ano é “Silêncio e Palavra: Caminho de Evangelização”.

O Santo Padre indicou que o silêncio “é parte integrante da comunicação, um lugar privilegiado para o encontro com a Palavra de Deus, e com nossos irmãos e irmãs”.

Por isso, o Papa convidou a todos “a orar para que a comunicação, em cada uma de suas formas, sirva sempre para instaurar com o próximo, um diálogo autentico, baseado no respeito recíproco, a escuta e o compartilhar”.

Ao final de sua catequese o Santo Padre dirigiu algumas palavras aos peregrinos lusófonos: “Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, em particular o grupo brasileiro da paróquia Nossa Senhora Aparecida de Piabetá, a quem agradeço o apoio espiritual e material que dão ao meu serviço de Sucessor de Pedro. Sobre todos invoco os dons do Espírito Santo, para serem verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, fazendo jorrar a sua Vida no meio das respectivas famílias e comunidades, que de coração abençôo”.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Líder da RCC Itália é nomeado para o Conselho Pontifício


O papa Bento XVI nomeou Salvatore Martinez, Presidente Nacional da Renovação Carismática Católica na Itália, para estar entre os membros Conselheiros do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. Por nomeação papal, Salvatore Martinez já é Consultor do Pontifício Conselho para os Leigos desde março de 2008 e do Pontifício Conselho para a Família desde setembro de 2009.
Com grande alegria e gratidão a Renovação Carismática Católica na Itália acolhe a notícia da nomeação do Santo Padre, recebida nos dias passados por meio de um decreto assinado pelo Secretário de Sua Santidade o Cardeal Tarcisio Bertone, e publicado hoje pela Assessoria de imprensa do Vaticano.
O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, instituído por Carta Apostólica em forma de Motu Proprio, em 21 de setembro de 2010, responde às preocupações expressas repetidamente pelo Magistério e pretende oferecer respostas adequadas para que a Igreja, no seu momento missionário, promova e implemente a nova evangelização.
É tarefa do Pontifício Conselho, aprofundar o senso teológico e pastoral da nova evangelização, promovendo junto às conferências Episcopais o estudo, a difusão e a atuação do Magistério pontifício. De modo particular, o Dicastério é chamado a favorecer a utilização das modernas formas de comunicação, para verificar de qual modo possam ser instrumentos válidos de evangelização. Finalmente, ele é chamado para identificar as formas mais consistentes para a promoção do Catecismo da Igreja Católica, como ensino eficiente para a transmissão da fé. O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização é Sua Excelência Mons. Rino Fisichella.
O Consultor, em particular, é chamado a dar pareceres qualificados sobre assuntos teológicos, canônicos, pastorais, e assim por diante. É convocado regularmente em sessões plenárias para estudar as grandes linhas da orientação e dos programas do Dicastério.
No 40º aniversário "jubilar" do nascimento da Renovação na Itália, o Movimento promoveu o projeto “Dez Praças para Dez Mandamentos”. A iniciativa, patrocinada pelo Pontifício Conselho para a promoção da nova evangelização, na vigília do Sínodo especial sobre a “nova evangelização”, vai repropor nas onze cidades metropolitanas mais importantes da Itália uma releitura criativa do tríplice mandamento do amor.
O presidente Martinez, tendo recebido a notícia de Nazaré disse: "Acolho este inesperado gesto do Santo Padre com profunda gratidão e espírito de obediência. Reforçar os liames de comunhão com Pedro e com a Igreja e colaborar ainda mais ativamente pela defesa e a difusão do Evangelho no mundo é para mim motivo de alegria grande, um dom que humildemente espero honrar”.
Salvatore Martinez encontra-se em Nazaré, com as autoridades políticas e eclesiásticas na Terra Santa, para a definição do Centro Internacional para a Família que será apresentado ao Santo Padre Bento XVI em Milão no VII Encontro Mundial da Família. Promovido pelo Pontifício Conselho para a Família em Nazaré, com mandato da Santa Sé, será confiado a uma fundação de Direito Pontifício, gerenciada pela Renovação Carismática que tomará conta da acolhida dos peregrinos e da animação espiritual das atividades.

FONTE: Zenit

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Santuário de Aparecida receberá “Romaria do Terço dos Homens” no dia 19 de maio


Aparecida 
 O Santuário Nacional Nossa Senhora Aparecida, localizado em Aparecida, São Paulo, acolherá no dia 19 de maio a quarta edição da "Romaria do Terço dos Homens", encontro que reúne grupos de homens de vários lugares do Brasil para expressar o amor a Nossa Senhora Aparecida através da oração do terço.
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Romaria reúne grupo de homens de diversos lugares do Brasil
A romaria terá início por volta das 8h, com acolhida dos diversos grupos no Altar Central do Santuário. Às 9h, será celebrada a Santa Missa, que terá a presença também dos participantes da Romaria da Arquidiocese de Belo Horizonte. Um hora depois, começará a Assembleia no Centro de Eventos.
Após o almoço, às 13h, acontecerá nova acolhida no Altar Central. A oração do Terço começará às 14h, com transmissão de meios de comunicação do Santuário de Aparecida. Por volta das 15h, será realizada a Consagração a Nossa Senhora e a Consagração dos Homens a Nossa Senhora. Logo depois, haverá o encerramento da 4ª Romaria do Terço dos Homens.
O missionário Redentorista e prefeito da Igreja do Santuário, Irmão João Batista Viveiros, explica que o movimento do Terço dos homens é fruto da ação do Espírito Santo na Igreja. "Quando os homens se reúnem para rezar o terço a Igreja se fortalece, a família se renova, a comunidade cresce na fé e no amor e eles se tornam testemunhas do Reino de Deus", afirmou.


Com informações do A12.com.

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