sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Vaticano: três beatos serão canonizados no domingo

No próximo domingo o Papa Bento XVI preside a Santa Missa que canonizará três beatos. A celebração eucarística está marcada para às 10hs (horário de Roma) na área externa da Basílica Vaticana.
Para os fiéis que participarão da celebração, o Departamento de Celebrações Litúrgicas do Vaticano preparou um livreto que conta a história dos três beatos em português, italiano, inglês e espanhol. São eles: Guido Maria Conforti, Luigi Guanella e Bonifacia Rodríguez de Castro. O guia com 132 páginas apresenta também, todas as músicas que farão parte da cerimônia, propiciando ao público a oportunidade de cantar junto aos músicos.
Dia 23 de outubro a Igreja celebra o Dia Mundial das Missões. Para comemorar a data, a Santa Sé escolheu este dia como sendo o mais significativo para que os beatos sejam canonizados recebendo a honra de Santos. Os três tem ligações diretas com as missões.
Dom Guido Maria Conforti foi Arcebispo de Parma e fundador da Pia Sociedade São Francisco Xavier para as missões estrangeiras. Ele se tornou um exemplo de missionariedade. Em 1902, quando tinha apenas 37 anos de idade, o então Papa Leão XIII o chamou para guiar a Arquidiocese de Ravenna. Para total e exclusivamente entregue a Cristo e consagrado sem reservas ao bem das almas, no dia de sua ordenação episcopal, emitiu a profissão perpétua de seus votos religiosos.
Nos dois anos seguintes, se entregou completamente ao serviço de sua arquidiocese. Porém, sua saúde não suportou os esforços. Seu profundo sentido de responsabilidade junto ao rebanho que lhe havia sido confiado, lhe fez pedir a renúncia que foi aceita pelo Papa Pio X. Ele então regressou ao instituto onde se dedicou à formação de seus jovens missionários.
Dom Guido faleceu em 5 de novembro de 1931 aos 66 anos. Sua fama de santidade percorreu por todos os países onde estão instalados os Xaverianos e os dois milagres que para sua beatificação e canonização foram registrados no Burundi e no Brasil. Foi beatificado por João Paulo II em 17 de março de 1996.
O padre Luigi Guanella é fundador da Congregação dos Servos da Caridade e do Instituto das Filhas de Santa Maria da Providência. Sua vida foi marcada por uma contínua busca em marcar presença onde houvesse um grito de auxílio e um socorro a oferecer.
Durante sete anos, padre Luigi manteve uma proximidade muito grande com Dom Bosco e a instituição do Cottolengo, em Turim. Em 1875 objetivando uma experiência religiosa mais radical, esteve com Dom Bosco e emitiu, por três anos, seus votos. Ao final deste período, regressou à Diocese de Como com o sonho de fundar uma instituição que acolhesse crianças necessitadas.
Ele conseguiu seu intento, porém, em pouco tempo, teve de fechar a escola devido a hostilidade das autoridades civis. Entretanto, em 1811, quando chega a localidade de Pianello Lário para assumir a paróquia local, encontrou um grupo de jovens empenhado em assistir os necessitados.
Seu zelo e caridade apostólica incrementaram a obra beneficente a tal ponto de expandir a ativideade em Como, no coração da cidade. Ali o grupo iniciou as atividades da Casa da Divina Providência, que se tornou a Casa Mãe das duas Congregações, a masculina e feminina.
Padre Luigi Guanella faleceu aos 70 anos no dia 24 de outubro de 1915 e sua beatificação foi proclamada em 25 de outubro de 1964 pelo Papa Paulo VI.
Irmã Bonifacia Rodríguez de Castro também será canonizada no domingo. Ela é a fundadora da Congregação das Servas de São José, uma instituição que atualmente está presente na América Latina, Ásia e algumas localidades da África como a República Democrática do Congo - onde ocorreu o milagre que finalizou o processo de canonização - além da Europa atuando na Espanha e Itália, onde está a Casa Mãe da congregação que hoje conta com cerca de 600 religiosas.
A futura santa nasceu na cidade espanhola de Salamanca, em 1837. Desde jovem, viu-se na necessidade de trabalhar. Depois de 10 anos vivendo no limiar da pobreza como uma operária a mais, ela pôde estabelecer, uma oficina por conta própria, com várias tarefas.
O testemunho de vida de Bonifacia não passou despercebido a várias amigas suas que não podiam seguir sua vocação religiosa e queriam afastar-se de diversões perigosas. Assim começaram umas reuniões aos domingos e dias festivos em sua casa-oficina, que foi se tornando um centro de prevenção da mulher trabalhadora e uma escola de espiritualidade.
Juntas, decidiram constituir a Associação da Imaculada e São José, chamada mais tarde de Associação Josefina.
Luciano Batista

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por
GaudiumPress

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