Em seu discurso de despedida ao concluir uma visita de três dias ao Benin, o Papa Bento XVI assinalou que a África, como já havia dito em outras ocasiões, "é uma terra de esperança".
Ao iniciar seu discurso ontem pela tarde no aeroporto internacional Cardeal Bernardin Gantin de Cotonou, o Santo Padre agradeceu a todos que fizeram possível esta visita assim como às autoridades civis e eclesiásticas que o acolheram e especialmente o povo do Benin.
Seguidamente o Papa disse que na África "encontram-se valores autênticos, capazes de dar lições a todo o mundo, e que reclamam ser estendidos com a ajuda de Deus e a determinação dos africanos".
A Exortação apostólica pós-sinodal Africae munus, que levou nesta viagem aos bispos africanos, "pode ajudar muito a isso, pois abre perspectivas pastorais e suscitará iniciativas interessantes".
Depois de confiar a aplicação do documento ao seu amigo, o falecido Cardeal Gantin, Bento XVI ressaltou que "a boa vontade e o respeito mútuo não só ajudam ao diálogo, mas também são essenciais para construir a unidade entre as pessoas, os grupos étnicos e os povos".
"O termo Fraternidade é também a primeira das três palavras de seu lema nacional. Viver juntos fraternamente, não obstante as legítimas diferenças, não é uma utopia", acrescentou.
Seguidamente questionou: "por que um país africano não poderia indicar ao resto do mundo o caminho a seguir para viver uma fraternidade autêntica na justiça, fundada na grandeza da família e do trabalho?"
"Que os africanos vivam reconciliados na paz e a justiça. Estes são os desejos que expresso com confiança e esperança antes de sair do Benin e do continente africano. Que Deus abençoe o Benin!", concluiu o Papa.
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