Um caminho construído em conjunto levando-se em conta a realidade e pluralidade. É assim que está sendo elaborado o Plano Pastoral da Arquidiocese de Olinda e Recife para os próximos quatro anos. No último final de semana, 11 e 12, religiosos e leigos das comissões de pastoral e das 105 paróquias que compõem a arquidiocese estiveram reunidos no Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital, na Várzea, Zona Oeste do Recife. Foram dias de debates e intensos trabalhos onde a riqueza de dons e opiniões foi evidenciada.
O arcebispo metropolitano, dom Fernando Saburido, demonstrou a sua felicidade de ver a Igreja reunida e propondo direções e métodos a serem utilizados nas diversas realidades territoriais desta Igreja Particular. “A participação das paróquias, movimentos e pastorais foi intensa nesses dias de assembleia. Temos o desafio de elaborar o Plano de Pastoral que conduzirá as nossas ações nos próximos anos. Vejo que todos aqui têm o prazer de colaborar. Vamos ser uma Igreja viva e alegre. Isso depende de nós e da nossa perseverança”, afirmou.
As atividades realizadas nos dois dias de encontros se revezaram entra palestras e debates em grupos temáticos divididos entre as 12 comissões de pastorais e os vicariatos episcopais. Os grupos discutiram os desafios e urgências que afetam os trabalhos que desenvolvem, seus objetivos e propuseram ações concretas para o Plano Pastoral Arquidiocesano.
Entre os desafios que estão em evidência com a mudança de época um dos assessores da assembleia, professor Sérgio Douets, destacou a esterelização da cultura. “Esta esterelização gera uma Igreja de eventos. Este tipo de vivência enfraquece a educação da fé e mostra a necessidade de uma formação catequética permanente. Quanto menos formação, mais às pessoas são suscetíveis à esta cultura”, disse o assessor. E acrescentou: “Uma Igreja em estado permanente de missão só é possível a partir de uma efetiva iniciação à vida cristã. A missão precisa deixar de ser um setor para ser um estilo de vida, uma forma de ser no mundo.”
O professor Degislando Nóbrega, que também assessorou o encontro, destacou a ‘Metodologia Pastoral- contexto e ação’. “Temos que superar o amadorismo e o ativismo do cotidiano para evitar a tentação de uma ação sem profissionalismo pautada no voluntarismo e à mercê da demanda do dia. Somente uma ação pensada nos torna capazes de enxergar o essencial”, ressaltou.
O vigário geral monsenhor Albérico Almeida apresentou a estrutura organizacional da arquidioceseformada pelos vicariatos e comissões de pastoral. A ideia é que as paróquias e pastorais se familiarizem com esta nova dinâmica, que foi proposta na Assembleia de 2010 e que começou a ser posta em prática.Houve ainda momento para que os participantes pudessem se expressar na chamada ‘fila do povo’. Entre os que expuseram seus pensamentos, esteve o membro da Comissão para o Ecumenismo, Marcelo Barros. “A novidade que se descobriu com o Concílio Vaticano II é a eclesialidade da Igreja Local e que portanto deve ter uma cara própria de acordo com sua realidade. É importante que nesses dias de debates a gente diga qual é esse rosto que a Igreja de Olinda e Recife deve ter”, disse.
Cerca de 400 pessoas participaram desta etapa da composição da lineamenta que orientará o seguimento pastoral da arquidiocese. O documento será finalizado e entregue aos vicariatos, comissões e paróquias na próxima Assembleia de Pastoral, que será realizada no início de 2012.
Da Assessoria de Comunicação AOR
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