Relações pacíficas entre o governo e a Igreja
ROMA, - Após o anúncio da provável visita de Bento XVI no México e em Cuba, na primavera do ano 2012, aumentam os comentários por parte das Igrejas dos dois países latino-americanos.
A "prioridade" dada a Cuba como visita pastoral, foi recebida pelo cardeal Jaime Ortega, arcebispo do Havaí, como um "grande bem" e algo "muito especial" para a ilha do Caribe.
"Esta é uma excelente notícia e um grande privilégio poder contar com a presença de Sua Santidade no ano jubilar para os 400 anos da aparição de Nossa Senhora do Cobre, padroeira de Cuba", disse à agência EFE, Orlando Marquez, porta-voz do cardeal Ortega.
Esta viagem à Cuba e ao México será a segunda visita Papal à América Latina, depois da visita pastoral ao Brasil no 2007. Trata-se também da segunda visita de um pontífice à Cuba, depois da histórica viagem do Beato João Paulo II em 1998.
Na Ilha do Caribe, após a ascensão de Raul Castro ao poder, as relações entre a Igreja Católica e o governo cubano estão finalmente enfrentando uma fase serena.
Um sinal concreto da nova "primavera católica" no país é a recuperação - pela primeira vez desde a revolução de Castro de 1959 – da peregrinação da imagem de Nossa Senhora do Cobre que vai visitar mais de 300 lugares na Havana, percorrendo depois mais de 28 mil quilômetros nas restantes catorze províncias do país.
No México, a primeira visita do Papa Bento XVI foi saudada pela conferência episcopal local como conforme a um "forte desejo" comum do Papa e dos mexicanos.
"Não recebemos uma confirmação oficial desta visita - disse o bispo Victor Rene Rodriguez Gomez, secretário-geral da Conferência Episcopal do México - mas é um momento no qual podemos unir as vozes e os corações de todos os mexicanos para pedir a Deus que se realize esse desejo tão querido pelo Santo Padre e pelos mexicanos ".
Conforme relatado pelo monsenhor Rodriguez Gomez à emissora Milenio Televisão, a confirmação da visita papal, com o seu programa completo será anunciado no final deste mês.
Exclui-se, no entanto, que o Santo Padre, por motivos de saúde e de idade, possa visitar a Cidade do México, sendo a capital localizada a 2200 metros acima do nível do mar. Mais provavel será a visita do Papa a Monterrey, Veracruz, no Yucatán e outras cidades marítimas ou localizadas em terras baixas.
Mons. Carlos Aguiar Retes, arcebispo de Tlalnpantla, e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), afirmou que durante a audiência privada com os bispos do CELAM, que teve lugar no mês passado, Bento XVI teria "sorrido favoravelmente" quando se tocou no tema da possível visita pastoral ao México. "Não ficou indiferente ao nosso pedido", acrescentou o bispo.
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