JERUSALÉM,
- Ao final do encontro anual, os Bispos da Coordenação da Terra Santa, liderados pelo Conselho da Conferencia Episcopal Européia, reiteraram a urgência de uma negociação entre israelitas e palestinos.
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"Enquanto vemos a fé entre os cristãos na Terra Santa, como um exemplo para todos - afirmaram os bispos, no documento final do encontro - escutamos e vimos com os nossos olhos, que as ocupações e a insegurança, o medo e a frustração dominam a vida das pessoas nesta terra".
Os Bispos estão convencidos de que "ser pro - israelita é também ser pro - palestino" e que culpar uns aos outros " é uma abdicação da responsabilidade e um falimento da autoridade, a autoridade que as pessoas necessitam".
Para alcançar uma paz duradoura, é necessário que os dois povos vivam "com segurança em Estados soberanos e dentro de fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas", em consonância com as palavras de Bento XVI dirigidas ao Corpo Diplomático acreditado junto a Santa Sé, no dia 09 de janeiro passado.
Sendo o diálogo, ameaçado pelo "extremismo" e pela "intolerância", os bispos da Coordenação da Terra Santa fazem um apelo "a tolerância e a uma leadership criativa e corajosa, capaz de mostrar perdão e humildade, e de promover uma coexistência pacífica".
Apesar de tudo, não faltam sinais de esperança, entre os quais os Bispos destacaram " a Assembléia das Igrejas pelo Sínodo do Oriente Médio, o aumento dos peregrinos, a cooperação inter-religiosa na Galileia,como um exemplo para todos, os projetos de habitação do Patriarcado e da Custodia da Terra Santa, os esforços humanitários no campo da educação e da cultura das organizações católicas para apoiar as comunidades locais."
De maneira particular, é louvável o "testemunho constante" da comunidade cristã encontrada pelos Bispos da Coordenação de Gaza, em Nablus, em Jerusalém e na Galileia.
"Reconhecemos também os progressos registrados nas negociações entre a Santa Sé e Israel, que esperam por uma solução em breve", acrescentaram os Bispos.
O documento termina com o auspício de que os líderes políticos israelitas e palestinos demonstrem "coragem, determinação e criatividade para que se concretize a esperança da maioria, por uma pacifica coexistência sendo fiéis no seu ser hebreu, cristão e muçulmano".
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