sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Polêmica no Canadá por coelhinha da Playboy no papel de Virgem Maria em paródia natalina


Um destacado comentarista do jornal canadense National Post expressou o desgosto da comunidade católica no país por um programa especial natalino no qual a "coelhinha da Playboy", Pamela Anderson, interpreta a Virgem Maria.

O comentarista Rex Murphy, que também é figura da cadeia CBC, considerou ofensiva e de mal gosto a iniciativa do comediante Russell Peters de convidar Anderson, "a rainha do pin-up e atriz de soft-porn, para representar a Virgem Maria".

Há poucas semanas, o canal privado de televisão CTV anunciou que Anderson, junto com o cantor Michael Bublé aparecerão no programa de televisão "It’s a Russell Peters Christmas".

Nas imagens distribuídas pelo CTV, Pamela Anderson, que também é conhecida pela ampla distribuição na Internet de um vídeo caseiro pornográfico no qual aparece junto ao seu ex-marido Tommy Lee, aparece vestida como a Virgem Maria segurando em um presépio um boneco que representa Jesus.

Murphy atacou Peters e deplorou que o fato de que hoje em dia "ser um cristão sério na cultura ocidental moderna signifique converter-se em alvo predileto e fácil" de "cada comediante meio estúpido" e de "pensadores progressistas".

Ser cristão hoje, acrescentou Murphy, implica "ter sua sensibilidade e suas crenças mais profundas em guarda permanente contra a burla e a profanação. Enquanto todos os progressistas pregam a todo volume sobre a inclusão e a sensibilidade e têm o máximo cuidado na linguagem quando se fala pessoas com diferentes pontos de vista ou matizes, os cristãos, como tal, estão sob uma chuva constante de mau trato e desprezo. Não há nada muito baixo ou muito vulgar".

O comentarista lamentou que se Peters tenha conseguido "uma exibicionista lasciva para interpretar Maria, a própria Mãe de Deus".

Murphy recordou uma série de profanações de lugares católicos que não recebem atenção alguma da imprensa nem das autoridades. Para o autor, "há uma contradição radical com o tratamento dado aos fiéis cristãos e a maioria dos outros grupos religiosos e não é ocioso insistir neste ponto".

"Seria muito bom que tanta gente que oferece o respeito, a tolerância pelas crenças distintas às suas, pudesse tratar com cortesia de igualdade os cristãos", indicou.

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