MOSCOU, - A solidariedade ecumênica entre católicos e ortodoxos deve ter como objetivo não secundário a defesa dos irmãos perseguidos na fé.
É uma das questões levantadas durante a Conferência Internacional organizada pelo Patriarcado de Moscou sobre a discriminação e opressão de cristãos.
Durante o encontro ecumênico monsenhor Erwin Josef Ender, enviado da Santa Sé, pôs em destaque a ligação entre a negação da liberdade religiosa e os crimes contra as minorias religiosas.
A conferência contou com a presença também de monsenhor Paolo Pezzi, arcebispo da Mãe de Deus, em Moscou, que foi entrevistado pela Rádio Vaticano, e sublinhou que a presença do monsenhor Ender, do núncio apostólico e da Igreja de Roma no geral, "tem permitido dar um horizonte universal à preocupação sobre este assunto".
Durante a conferência surgiu a possibilidade de um "constante acompanhamento do que acontece no mundo", de uma melhor comunicação mútua entre as várias igrejas, a fim de entender sempre mais e mais "a importância de rezar uns pelos outros".
Os fiéis de todas as igrejas devem, portanto, "estar cientes de que o fenômeno do martírio está ligado à necessidade do testemunho cristão", disse monsenhor Pezzi.
O prelado sublinhou ainda que "não se trata de deixar de lado as nossas diferenças em vista de quem sabe qual outro propósito, mas a consciência da perseguição dos nossos irmãos no mundo nos empurra realmente a olhar com mais força o que temos já em comum" , que é a fé em Cristo.
É nesta base que católicos e ortodoxos devem trazer juntos o seu testemunho ", para que exista uma defesa e uma proteção dos cristãos no mundo", concluiu o arcebispo.
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