sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

São João Evangelista


O nome deste evangelista significa: "Deus é misericordioso": uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.sao_joao_evangelista.jpg
O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, estava deitado no ombro de Jesus e, foi também a João que Jesus disse: "Filho, eis aí a tua mãe" e, olhando para Maria disse: "Mulher, eis aí o teu filho". (Jo 19, 26s).
Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de "filhos do trovão".
João exortava continuamente os fiéis ao amor fraterno, como resulta das suas três cartas, acolhidas entre os textos sagrados. Escritor do Livro do mais misterioso e rico em esperanças, o Livro do Apocalipse, São João teria morrido com 94 anos, segundo Santo Epifânio. (JS)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Mensagem de Natal

Boa Semana ComDeus

São José de Cupertino: Padroeiro dos Estudantes



O Irmão Burro: o triunfo da graça sobre a incapacidade natural

Desajeitado nas coisas materiais, mas uma águia na contemplação. Desprezado inicialmente por seus próprios confrades, depois passou a atrair, por sua santidade, cardeais, reis, príncipes. Esse foi José de Cupertino, o Irmão Burro...

Nascido em Cupertino, no reino de Nápoles, em 17 de junho de 1603, José era pouco dotado de qualidades naturais. Por ocasião de seu nascimento, toda a família viu-se despejada da casa, por dívidas de seu pai, perdendo também os poucos móveis que possuía. Assim, nasceu ele num pobre estábulo, à semelhança de um outro menino pobre em Belém...

Incapaz de aprender e padroeiro dos estudantes!



De saúde muito débil, passou a infância entre a vida e a morte. Aos 17 anos, quis entrar nos Frades Menores conventuais, onde tinha dois tios. Sua aparência era tão pouco favorável que não foi aceito. Apresentou-se então nos Capuchinhos, que o experimentaram em diversos ofícios, mas os seus êxtases contínuos sujeitavam a louça e outros objetos do convento a uma prova não pouco custosa! Dizem que chegaram a colar em seu hábito os cacos da louça que quebrara. Foi preciso mandá-lo embora. Na terrível provação de ter que despir-se do hábito franciscano, comentou que era como se lhe arrancassem a própria pele.

Passado algum tempo, os frades conventuais concordaram em aceitá-lo para cuidar da mula do convento de Grottella. Depois, sua piedade, austeridade, obediência e dons sobrenaturais levaram os frades a admitirem-no no convento.

Desejava ele ser sacerdote, mas nem sequer sabia ler. Esforçava-se para aprender, mas o resultado era desanimador. Quando seu mestre começava a impacientar-se, o nosso santo lhe dizia: "Tenha paciência, assim será mais meritório".

Chegada a hora dos exames, José recomendou-se à sua Santa Mãe, Nossa Senhora de Grottella. O Bispo de Nardo interrogou-o antes de admiti-lo no diaconato. Abrindo o livro dos Evangelhos, mandou José explicar o texto: "Felizes as entranhas que Te trouxeram". Deus o queria clérigo, pois era este o único trecho do Evangelho que conhecia. Respondeu admiravelmente bem.

Faltava ainda a última prova oral. Nesta, certamente não passaria. Compareceu, com os seus confrades, diante do Bispo de Castro. As admiráveis respostas dos primeiros examinados satisfizeram tanto o bispo que este decidiu não interrogar os demais candidatos, entre os quais se encontrava José...Eis assim o pobre José, sacerdote! Ficou ele sendo o padroeiro dos estudantes, sobretudo em época de provas.

Dons sobrenaturais extraordinários

Entre milagres e provações, a vida de José de Cupertino foi das mais extraordinárias. Tal era sua fama de santidade que multidões o procuravam.

No convento, ele cuidou de animais e trabalhou quase como um burro de carga. Ele mesmo se intitulava "Irmão Burro".

Comumente via as pessoas em forma de um animal que representava o estado de sua alma. Se encontrava alguém cuja alma não estivesse limpa, sentia o mau odor do pecado e advertia: "Estás cheirando mal, vai te lavar". E, após uma boa confissão, sentia um aroma agradável de perfume.

Vivia de tal forma em contemplação que, mesmo durante árduos trabalhos, não conseguia distrair-se dela. Não poucas vezes, pensando nas realidades eternas, José se elevava do chão. Realmente, o "Irmão Burro" passou boa parte de sua vida no ar, entre o céu e a terra...

Devido talvez à sua simplicidade e inocência, José de Cupertino tinha grande amizade e familiaridade com as mais simples criaturas de Deus.

Certa vez mandou um passarinho ir ensinar às freiras de um mosteiro cantar o Ofício. E todos os dias, à hora das Matinas e da Noa, eis que o pássaro aparecia à janela do coro, animando o cântico das religiosas.

Em outra ocasião, encontrou duas lebres junto ao bosque de Grottella e as preveniu: "Não vos afasteis de Grottella, porque muitos caçadores vos perseguirão". Tendo desobedecido a essa recomendação, uma delas foi surpreendida e perseguida por cães. Encontrando aberta a porta da capela, o animalzinho atravessou a nave e atirou-se nos braços de José. "Eu não tinha te avisado?", disse-lhe o santo. Em seguida, chegaram os caçadores, reclamando sua presa. "Esta lebre está sob a proteção de Nossa Senhora, portanto não a tereis", respondeu ele. E, depois de abençoá-la, a pôs em liberdade.

Apenas ao pronunciar os santíssimos nomes de Jesus e de Maria, José entrava em levitação. Passeando um dia com outro frade nos jardins do convento, este lhe disse: "Irmão José, como criou Deus um tão belo céu!" Ao ouvir estas palavras, José deu um grito, voou e colocou-se de joelhos sobre uma oliveira. Os galhos balançavam como se estivessem sob o peso de um pássaro.

O êxtase às vezes o surpreendia durante a Missa. Voltando a si, São José retomava o santo sacrifício no ponto preciso em que o havia deixado, sem se equivocar no cerimonial. Tais eram seus êxtases que certo dia, durante uma levitação, suas mãos ficaram por cima das chamas de dois tocheiros. Atônitos, os espectadores ficaram mudos de temor, mas, passado o êxtase, não havia qualquer sinal de queimadura. Sua Missa durava habitualmente duas horas. Por vezes, Nosso Senhor lhe recomendava que a abreviasse para ir desempenhar seu ofício de esmoler.

A santidade atrai

Sua fama de santidade espalhou-se rapidamente por toda a Itália e mesmo por outros países da Europa. Príncipes, reis, cardeais e até o Papa o procuravam.

Todo este movimento em torno do humilde religioso e os fenômenos sobrenaturais pouco comuns inquietaram a Inquisição. Em 1653, por ordem do Santo Ofício, foi transferido de Assis para o convento capuchinho de Petra Rúbia, e depois, para o isolar mais, a Fossombrone. Devia ele viver isolado, inclusive, da comunidade.

Os frades conventuais recorreram ao Papa Alexandre VII. Queriam reconduzir São José a Assis, mas o Papa respondeu: "Não, basta-lhes um São Francisco em Assis".

Que maior elogio para um franciscano?!

Foi enviado a Ósio, perto de Loreto em 1657. Ao chegar, exclamou: "Este é o lugar de meu descanso". E de fato foi em Ósio que entregou sua virtuosa alma a Deus, em 17 de setembro de 1663.

Foi canonizado por Clemente XIII em 1767.

Luis Zaghi

(Revista Arautos do Evangelho, Janeiro/2004, n. 25, p. 36-37)

Artigo do Papa para jornal americano sobre o Natal - 20/12/2012 2 Boletim da Santa Sé

Tempo de empenho no mundo para os cristãos

“Dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” foi a resposta de Jesus quando lhe foi perguntado o que pensava sobre o pagamento dos impostos.


Aqueles que o interrogavam, obviamente, queriam fazer-lhe uma armadilha. Queriam forçá-lo a tomar partido no debate político sobre a dominação romana na terra de Israel.

 E ainda estava em jogo algo mais: se Jesus era realmente o Messias esperado, então seguramente seria oposto aos dominadores romanos.

Portanto a pergunta era calculada para desmascará-lo ou como uma ameaça para o regime ou como um impostor.

A resposta de Jesus habilmente traz a questão para um nível superior, confrontando de forma sutil a politização da religião e o endeusamento do poder temporal, assim como a busca incansável da riqueza. Os seus ouvintes precisavam entender que o Messias não era César, e que César não era Deus. O reino que Jesus vinha instaurar era de uma dimensão absolutamente superior. Como responde a Poncio Pilatos: “O meu reino não é deste mundo”.


As histórias do Natal no Novo Testamento têm o objetivo de exprimir uma mensagem similar. Jesus nasce durante um “recenseamento do mundo inteiro”, desejado por César Augusto, o imperador famoso por ter levado a Pax Romana em todas as terras submetidas ao domínio romano. No entanto, esta criança, nascida em uma escuridão e distante do império, estava para oferecer ao mundo uma paz muito maior, verdadeiramente universal em seu propósito e transcendente a cada limite de espaço e de tempo.


 Jesus nos é apresentado como herdeiro do rei Davi, mas a libertação que ele trouxe ao próprio povo não dizia respeito ao tomar cuidado com o exército inimigo; tratava-se, em vez disso, de vencer para sempre o pecado e a morte.


O nascimento de Cristo nos desafia a repensar as nossas prioridades, os nossos valores, o nosso próprio modo de viver. E enquanto o Natal é sem dúvida um tempo de grande alegria, é também uma ocasião de profunda reflexão, antes de tudo um exame de consciência. Ao fim de um ano que significou privações econômicas para muitos, o que podemos aprender da humildade, da pobreza, da simplicidade da cena do presépio?


O Natal pode ser o tempo no qual aprendemos a ler o Evangelho, a conhecer Jesus não somente como a Criança da manjedoura, mas como aquele no qual reconhecemos o Deus feito homem.


É no Evangelho que os cristãos encontram inspirações para a vida cotidiana e para o seu envolvimento nos negócios do mundo – seja isso vindo no Parlamento ou na Bolsa. Os cristãos não devem escapar do mundo; pelo contrário, devem empenhar-se nesse. Mas o seu envolvimento na política e na economia deve transcender cada forma de ideologia.


Os cristãos combatem a pobreza porque reconhecem a dignidade suprema de cada ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus e destinado à vida eterna. Os cristãos trabalham por uma divisão igualitária dos recursos da terra porque estão convencidos de que, como administradores da criação de Deus, nós temos o dever de cuidar dos mais frágeis e dos mais vulneráveis. Os cristãos se opõem à ganância e à exploração na crença de que a generosidade e um amor altruísta, ensinado e vivido por Jesus de Nazaré, são a via que conduz à plenitude da vida. A fé cristã no destino transcendente de cada ser humano implica na urgência da tarefa de promover a paz e a justiça para todos.


Porque tais fins são compartilhados por muitos, é possível uma grande e fecunda colaboração entre os cristãos e os outros. E, todavia, os cristãos dão a César somente aquilo que é de César, mas não aquilo que pertence a Deus. Às vezes, ao longo da história, os cristãos não puderam concordar com as exigências feitas por César. Do culto do imperador da antiga Roma aos regimes totalitários do século passado, César procurou tomar o lugar de Deus. Quando os cristãos se recusam a se curvar aos deuses falsos propostos em nossos tempos não é porque têm uma visão antiquada do mundo. Pelo contrário, isso acontece porque estão livres das amarras da ideologia e animados por uma visão tão nobre do destino humano que não podem aceitar compromissos com algo que possa miná-los.


Na Itália, muitos presépios são adornados por ruínas de antigas construções romanas ao fundo. Isso demonstra que o nascimento do menino Jesus marca o fim da antiga ordem, o mundo pagão, no qual as reivindicações de César pareciam impossíveis de desafiar. Agora há um novo rei, que não confia na força das armas, mas no poder do amor. Ele traz esperança a todos aqueles que, como ele mesmo, vivem às margens da sociedade. Traz esperança a quantos são vulneráveis na sorte incerta de um mundo precário.

Da manjedoura, Cristo nos chama a viver como cidadãos do seu reino celeste, um reino que cada pessoa de boa vontade pode ajudar a construir aqui na terra. 



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O menino Joseph Ratzinger escreve carta para o Menino Jesus


Roma -  "Amado Menino Jesus! Em pouco tempo você descerá sobre a terra. Queria ganhar um missal, uma casula verde e o coração de Jesus. Serei sempre um bom menino. Saudações - Joseph Ratzinger". São os desejos de um garoto de sete anos, o futuro Papa em uma carta encontrada na casa Pentling, na Alemanha durante obras de reestruturação. A carta foi resgatada graças à irmã Maria, que a possuía como recordação.bento_xvi_menino.jpg
Em 1934, os irmãos Georg e Joseph e a irmã Maria, escreveram uma carta ao Menino Jesus, fazendo pedidos de presentes de Natal. Na Baviera existe a bela tradição católica de que o Menino Jesus é quem traz os presentes e os deixa na árvore de Natal. As crianças escrevem as cartinhas com uma lista de seus presentes preferidos.
Georg, que tinha dez anos, queria ganhar a partitura de uma música e uma casula branca, enquanto Maria, que tinha treze anos sonhava com um livro cheio de desenhos. Joseph, que tinha sete anos, com uma escrita muito precisa, pediu um missal, uma casula verde e o coração de Jesus. As cartas foram escritas numa única folha para economizar, pois na época o papel custava caro e a família Ratzinger não era rica.
O caráter "eclesiástico" dos pedidos não deveria surpreender, pois na Alemanha nesta época, a Missa era um tema presente nas brincadeiras infantis, e isso também acontecia na casa da família Ratzinger. "Nós dois montávamos juntos o presépio, e entre as brincadeiras, digamos espirituais, tinha a "brincadeira do padre", que nós fazíamos juntos, minha irmã não participava. Celebrávamos a missa e tínhamos casulas feitas pela costureira de nossa mãe", contou Dom Georg Ratzinger, no livro-entrevista com Michael Hesemann intitulado " Meu irmão, o Papa".

A carta ficará exposta até o dia 6 de janeiro em Munique.(AA/JS)

Por: Gaudium Press

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Guadalupe: Explosão de evangelização nas Américas


Cidade do Vaticano - Em entrevista à Radio Vaticano, o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto Dias Duarte, afirmou que com a aparição de Nossa Senhora de Guadalupe começou uma verdadeira "explosão" de evangelização nas Américas. Dom Antônio participa do Congresso Internacional "Ecclesia in America", que está sendo realizado no Vaticano para comemorar os 15 anos Exortação Apostólica pós-sinodal de João Paulo II.guadalupe_roma.JPG
Em suas palavras durante a entrevista, o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro ressaltou também a importância do Congresso:
"Estamos neste Congresso não só relembrando os 15 anos do Sínodo da América, quando João Paulo II esteve presente, mas atualizando uma realidade histórica e muito profunda para o continente americano, que é justamente a aparição de Nossa Senhora em 1531 em Cidade do México, onde se começou uma verdadeira "explosão" de evangelização nas Américas.
É importante na atualidade a gente viver este momento, não apenas comemorá-lo, porque estamos no Ano da Fé e acabamos de celebrar o Sínodo sobre a Nova Evangelização.
As Américas do Norte, Central e do Sul contêm o maior número de católicos do mundo e o Papa tem depositado uma grande esperança desde Aparecida no papel da Igreja latino-americana na evangelização do mundo.
Creio que este Congresso seja importante por esses motivos: é comemorativo, mas não está olhando para o passado, está olhando para o futuro, para que nossa Igreja tenha realmente esse impulso missionário de que ela necessita não só nas Américas, mas também na Europa, na África, na Ásia, em todos os continentes." (JS)
Com informações Radio Vaticano

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Símbolos da JMJ são acolhidos em Manaus


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O povo manauara recebeu os símbolos da JMJ com muita fé

Na tarde do último sábado, 22, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foram recebidos por milhares de jovens no sambódromo de Manaus, (Amazonas).
Em seu terceiro dia na capital amazonense, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora estiveram presentes em uma Celebração Eucarística presidida pelo Arcebispo de Manaus, Dom José Luiz Soares, na Paróquia São Bento. Dali, os símbolos foram levados à quadra do Colégio Dom Bosco, onde os jovens refletiram sobre as tentações mais comuns na juventude e logo depois foram em procissão até o Pronto Socorro João Lúcio, onde foi feita uma oração pelos enfermos.
Os símbolos também foram conduzidos até as sedes da TV Amazônica e da TV A Crítica, onde foram lidos trechos da carta do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações.
As paróquias Nossa Senhora de Nazaré e São Geraldo também foram agraciadas com a visita da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora.
Dom Mário Antônio da Silva, Bispo Auxiliar de Manaus, declarou que a peregrinação dos símbolos é um momento muito importante para a articulação das pastorais, movimentos, associações e novas comunidades que atuam com os jovens na capital amazonense.
O prelado explicou também que já está sendo estruturado um Setor Juventude arquidiocesano. "Os nossos jovens têm sempre correspondido aos apelos da nossa arquidiocese, para os momentos de celebração e união. Temos esperança que o Setor Juventude vai gerar vida para a juventude do Amazonas", afirmou. (EPC)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Relíquia com sangue do Beato João Paulo II roubada e encontrada logo depois




ROMA, 30 Ago. - Um relicário com uma ampola contendo um pouco de sangue do Beato Papa João Paulo II foi roubado na terça-feira 28 de agosto, na localidade de Marina di Cerveteri (Itália), enquanto era transladada de trem a um Santuário ao norte de Roma.
Felizmente as autoridades policiais conseguiram recuperá-la poucas horas depois do furto.
O Padre Augusto Baldini, sacerdote encarregado do transporte da relíquia, disse às autoridades que foi distraído no trem em que viajava por três homens que lhe perguntaram endereços e que desceram algumas estações antes que ele.
Ao descer do trem, o sacerdote se deu conta de que sua mochila tinha desaparecido.
As autoridades encontraram a relíquia sem a mochila, entre uns arbustos perto da estação da ferrovia de Marina di Cerveteri.
A polícia, que ainda não identificou os autores do roubo, não tem claridade sobre o que fizeram os ladrões, se deixaram o frasco por não saber seu conteúdo ou se planejavam retornar para recuperá-lo mais tarde.
Na ampola "está guardado o sangue extraído do Papa depois do ataque de 13 de maio de 1981", explicou o sacerdote.
A relíquia foi exposta à veneração pública pela primeira vez no dia 1 de maio de 2011, durante a beatificação do Papa João Paulo II, falecido no dia 2 de abril de 2005.

Papa Bento XVI recorda, "Rezar não é perder tempo!", em sua Audiência Geral.


 Castel Gandolfo - Ontem, 29 de agosto, foi o dia em que a Igreja recorda a memória litúrgica do martírio de São João Batista. Ele é o único santo do qual se celebra o nascimento e a morte. Ontem foi quarta-feira, o dia do encontro que o Papa tem com os peregrinos e fiéis que procuram estar com o Pontífice para ouvir sua catequese semanal proferida durante a Audiência Geral.
E Bento XVI, que ainda se encontra em Castel Gandolfo, lembrou aos peregrinos que a memória do Santo é muito antiga: as primeiras provas de seu culto datam do IV século. O Papa ainda aos presentes que as referências históricas no Evangelho bem ilustram a relação de João Batista com Jesus. São Lucas, por exemplo, narrou o nascimento, a vida no deserto, a pregação. São Marcos nos conta sua dramática morte.
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Se formos capazes de manter uma vida de oração constante, o próprio Deus
nos dará a capacidade para viver feliz, superar as dificuldades
e testemunhá-Lo com coragem, diz o Papa
De fato, mostra o Santo Padre, num gesto final, João Batista testemunhou com o sangue sua fidelidade aos mandamentos de Deus, sem ceder ou retroceder, realizando sua missão até o fim. O Batista não se limitou a pregar a penitência, mas ele teve a humildade de indicar Jesus como "Enviado de Deus". Colocou-se de lado para que o Senhor pudesse crescer, ser ouvido e seguido.
Após estas lembranças, Bento XVI "dialogou" com os fiéis, perguntando: "De onde nasceu esta vida tão dedicada a Deus?". "A resposta é simples", disse o Papa: "da oração, fio condutor de toda existência".

São João foi um dádiva de Deus. Zacarias e Isabel não podiam ter filhos, eram idosos e Isabel era estéril. "Mas nada é impossível para Deus", e o anúncio do nascimento do menino aconteceu justamente quando seu pai entrava no templo de Jerusalém, o templo da oração, prosseguiu o Papa.

Toda a existência do Precursor de Jesus, especialmente o período passado no deserto, foi alimentada por seu relacionamento com Deus. O deserto era um lugar de tentações, mas ao mesmo tempo, onde o homem sentia a sua própria pobreza, onde não encontrava apoio e nem certezas materiais, e onde compreendia que sua única referência sólida era sempre Deus.

Ao terminar sua catequese, o Santo Padre ensinou que "o exemplo de João Batista nos diz que não podemos ‘negociar' nosso amor por Cristo, por Sua Palavra e pela Verdade. "A vida cristã exige o ‘martírio' da fidelidade cotidiana ao Evangelho, a coragem de deixar que Cristo cresça em nós, oriente nossos pensamentos e atitudes".

"Mas - ressaltou o Papa, para concluir seu pensamento - isso só pode acontecer se nossa relação com Deus for sólida. Rezar não é perder tempo, não é roubar tempo de outras atividades; mas é o contrário: se formos capazes de manter uma vida de oração fiel, constante, o próprio Deus nos dará a capacidade e a força para viver de modo feliz, superar as dificuldades e testemunhá-Lo com coragem". (JSG)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Manifestações de fé marcam conquista do ouro Olímpico da equipe de vôlei feminino brasileiro


Após uma monumental vitória de virada contra a equipe dos Estados Unidos, o time brasileiro de vôlei feminino conquistou no sábado, 11 de agosto, sua segunda medalha de ouro consecutiva na modalidade. A vitória foi marcada por manifestações de fé e agradecimento a Deus por parte das jogadoras e da equipe técnica, começando pelo técnico José Roberto Guimarães que fará o caminho de Santiago para pagar uma promessa feita antes dos jogos Olímpicos.

O time brasileiro começou sua campanha com dificuldades e para chegar às finais teve que superar em uma histórica vitória as russas, atuais campeãs mundiais, nas quartas-de-final impedindo seis match points das adversárias no set final.

Já na final olímpica, a equipe brasileira começou perdendo a partida por uma diferença histórica de 25 a 11 no primeiro set. Entretanto, as brasileiras não se deixaram abater e venceram o jogo por três sets a um garantindo pela segunda vez consecutiva o ouro olímpico, o terceiro da história do vôlei feminino brasileiro e da carreira do técnico José Roberto Guimarães.

Após a emoção da vitória, equipe e comissão técnica se reuniram e se ajoelharam formando um círculo para recitarem em voz alta e de mãos dadas oração do Pai-Nosso.

"Quero agradecer a Deus (...) em nossa equipe a base é a superação", afirmou a ponteira Jaque.

Por parte do treinador José Roberto Guimarães, que se tornou o único brasileiro a consquistar três medalhas de ouro olímpicas no vôlei, afirmou após a vitória que estava agradecido a Deus e à sua família pelo feito.

“Minha mulher fez um monte de promessas para mim, só que eu é quem tenho que pagar. Hoje mesmo ela ficou três horas numa igreja, rezando. Mas vou ter que fazer o Caminho de Santiago de novo com ela. Só que preciso pedir para o pessoal da Amil (referindo-se ao time de Campinas, que ele irá dirigir na próxima temporada) me liberar, porque será uma semana andando” disse o treinador.

"Rezei muito, nunca rezei tanto na minha vida. Nunca pedi tanto. Tenho que pagar muita promessa", afirmou o técnico ao portal IG de notícias.

"Comecei (a pagar as promessas) ontem. Senão ia ficar um ano cumprindo", contou o técnico em uma coletiva de imprensa exibindo uma das promessas já pagas: a cabeça raspada.

“Eu gostaria de ser um grande escritor para escrever uma história linda como essa, mas eu não tenho capacidade, acho que só um escritor poderia escrever esta história, que foi Deus”, afirmou o técnico.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ajude a tirar do ar site que vende medicamento abortivo no Brasil!

Peço a todos os que passarem por aqui que gastem dois minutos do seu tempo para denunciar este site à Safernet. O procedimento é simples:
  1. Cliquem neste link;
  2. Escolham “Apologia e Incitação a crimes contra a Vida”;
  3. Na caixa “Página da Internet”, colem o link http://www.citotec-cytotec.com/;
  4. Escrevam, se quiserem, algum breve comentário na outra caixa;
  5. Cliquem no botão “Denunciar”, e pronto.
Veja o motivo:



Existe muito lixo na internet, é fato. Com relação àquilo que é meramente baboseira a gente não pode fazer muita coisa; mas quando a internet está sendo utilizada para a prática de crimes é nosso dever fazer alguma coisa. Mais ainda quando o crime em questão é uma coisa grave como o assassinato de um ser humano indefeso. As pessoas que querem cometer o crime do aborto no Brasil conseguem, com muita  facilidade, encontrar – da tranqüilidade da própria casa! – quem esteja disposto a lhes fornecer os meios necessários para o extermínio do seu filho indesejado.

Esta chamada eu vi no Facebook. Lamentavelmente a prática não é desconhecida para ninguém e este Citotec-Cytotec.com infelizmente não é o único meio de se conseguir realizar um aborto no Brasil, mas quando o crime está acontecendo em plena luz do dia e diante dos nossos olhos temos a obrigação moral de fazer alguma coisa. A impunidade generalizada não nos exime de protestar contra o caso concreto, da mesma forma que não podemos deixar de socorrer uma vítima de um acidente ocorrido diante de nós por conta do fato de que acidentes acontecem o tempo todo em diversos lugares e a gente não consegue ajudar a todo mundo. Ninguém consegue resolver todos os problemas do mundo, é óbvio, e nem somos chamados a isto. Ao contrário, todo mundo deve se esforçar, sim, por resolver os problemas concretos com os quais se depara vida afora. Dizer diferente isto é não ter a menor noção de responsabilidade moral.
A Safernet Brasil é uma instituição criada para combater crimes virtuais. E, no Brasil, é crime o aborto e é crime também a venda de medicamentos abortivos (Código Penal, art. 273, § 1º-B, que veta a comercialização de medicamentos sem licença da Anvisa ou de procedência duvidosa). Vender Cytotec é crime no Brasil. O referido site está, portanto, cometendo ostensivamente um crime escandaloso que não se pode deixar impune.

    Será gerada uma chave para acompanhamento da denúncia; a minha foi a 9c3c16a6b711bcdeca14de67b31bbd20. Guardem-na para posterior consulta ou, melhor ainda, publiquem-na aqui para que a gente possa acompanhar o andamento da denúncia. É rápido, é fácil e é eficaz. Não deixe de exercer este pequeno ato concreto de cidadania. Diga não à impunidade. Faça a sua parte por um Brasil melhor.

    terça-feira, 24 de julho de 2012

    Professor Felipe de Aquino é nomeado Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno

    O professor Felipe de Aquino, que tem uma obra extensa publicada sobre temas da doutrina católica, foi nomeado na última quinta-feira, 19, Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa às pessoas que se entregam à Igreja Católica na defesa de fé católica e da pregação do Evangelho.

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    Professor Aquino dedica-se a esclarecer aspectos da doutrina católica
     

    Professor Aquino foi nomeado em cerimônia presidida pelo bispo de Lorena, São Paulo, Dom Benedito Beni, na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista, São Paulo. Durante a celebração eucarística, o professor trajou uma veste própria para os Cavaleiros de São Gregório Magno trazida especialmente de Roma.
    Com este título, professor Aquino poderá ocupar um lugar no presbitério durante as celebrações litúrgicas e ser saudado pela Guarda Suíça Pontifícia. O título não implica nenhuma obrigação particular a Igreja; o escolhido precisa, porém manter sua reputação, provando ser merecedor da honraria.
    A ideia para a nomeação veio do próprio Dom Beni, que considerou que o título seria um reconhecimento por todo o bem que o prefessor faz por seu conhecimento. O prelado enviou então uma carta ao Papa Bento XVI apresentando-o como missionário, pregador da Palavra de Deus e escritor. A sugestão de Dom Beni foi aceita pelo Santo Padre.
    Segundo Dom Beni, o professor Aquino é merecedor da honraria, pois, mais do que um homem da Igreja ele é um homem de Deus. "O principal é que, com este título, o professor Aquino se tornou mais próximo do coração do Papa, o sucessor de Pedro e pastor universal da Igreja", declarou o bispo.
    Com informações da Canção Nova.

    Tem início o 3º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação


    A cidade de Aparecida do Norte, em São Paulo, mais uma vez “abriu os braços” para acolher o Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação. A terceira edição do evento começou na noite desta quinta-feira, 19, com o credenciamento dos participantes, seguido de uma conferência presidida pelo jornalista e diretor Internacional de Ciências Sociais da Universidade de Navarra, na Espanha, Carlos Alberto di Franco. A Arquidiocese de Olinda e Recife está representada por seis agentes da Pascom.

    Na manhã desta sexta-feira, 20, uma missa celebrada pelo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social, dom Dimas Lara Barbosa, abriu o segundo dia do encontro. Logo em seguida, os participantes foram surpreendidos por uma videoconferência. Direto de Roma, o presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais da Santa Sé, cardeal Cláudio Maria Celli falou da necessidade de uma “profunda coerência entre comunicação, palavra e vida” e reforçou que “a Igreja precisa ter uma presença eficaz nos espaços cibernéticos, sem esquecer o compromisso do amor a Deus e pelos homens”.

    No segundo momento foram realizadas as quatro mesas-redondas previstas para a manhã. Para a secretária da Pascom da arquidiocese, Sandra Virgínia, as discussões foram muito enriquecedoras. “Muito importante o que foi discutido por todos, mas destaco a contribuição da professora da Universidade Estadual de Londrina, Rosane Borges. Ela falou dos sentidos da comunicação. O mercado que nos apresenta um mundo onde nada mais tem sentido, que tudo esvaziou, nesse contexto a comunicação vinha pra quebrar esse pensamento, usando das novas técnicas, que não são o fim, mas o meio”, afirmou.

    Durante a tarde os cerca de 700 participantes se dividiram em quatro seminários. Lá, puderam aprofundar com especialistas temas como comunicação e catequese, web jornalismo, comunicação na liturgia, redes sociais, dentre outro assuntos.

    A programação deste sábado, dia 21, segue com as mesas-redondas e com os seminários. O terceiro Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação vai até o domingo, 22.

    Da Assessoria de Comunicação AOR

    Casais: “o rosto sorridente e doce da Igreja”. Mensagem do Papa aos participantes do 11º Encontro das Equipes de Nossa Senhora

    O Papa Bento XVI enviou neste final de semana uma mensagem especial para o participantes do 11º Encontro Internacional do movimento de espiritualidade conjugal Equipes de Nossa Senhora. O evento, que teve início sábado, 21, em Brasília, acontecerá até a próxima quinta-feira, a partir do tema "Ousar o Evangelho". Cerca de 8 mil pessoas de mais de 50 países participarão do encontro.

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    A mensagem do Santo Padre foi lida pelo arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, durante a cerimônia de abertura. Na missiva, entre outras coisas, Bento XVI cumprimentou os participantes do movimento, elogiando seu forte trabalho em favor do matrimônio.
    Conforme o Santo Padre, os casais das Equipe de Nossa Senhora "proclamam , não tanto com palavras, mas sobretudo com a vida as verdades fudamentais sobre o amor humano e sobre o seu significado mais profundo". Neste sentido, Bento XVI citou um trecho de uma mensagem enviada pelo Papa Paulo VI, em 1972, aos casais das equipes de Nossa Senhora:
    "Um homem e uma mulher que que se amam, um sorriso de criança, a paz de uma lar: eis uma pregação sem palavras, mas extraordinariamente persuasiva, na qual cada homem pode já pressentir, como que por transparência, o reflexo de outro amor e o seu apelo infinito".
    Segundo o Papa, tal ideal proposto na carta de Paulo VI pode parecer muito alto, mas é por isso, de acordo com o pontífice, que o movimento incentiva seus membros "a beberem constantemente nas fontes da graça do sacramento do matrimônio e da participação na Eucaristia dominical".
    O movimento, conforme o Santo Padre, também propõe a seus membros "um método rico de compromissos e sugestões simples e concretas para viverem no dia a dia a espiritualidade encarnada de esposos cristãos". Sendo um destes conselhos o diálogo pessoal periódico entre os cônjuges, para esclarecer os problemas do casal.
    "No nosso mundo tão marcado pelo individualismo, o ativismo, a pressa e a distração, o diálogo sincero e constante entre os esposos é essencial para evitar que surjam, cresçam e endureçam incompreensões que, infelizmente, muitas vezes acabam em rupturas insanáveis que já ninguém ajuda a consertar", destacou o pontífice.
    Bento XVI lembrou também aos participantes do encontro as comemorações pelo cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II e pelo Ano da Fé. Convidou, então, os casais cristãos a serem "o rosto sorridente e doce da Igreja", os melhores e mais convincentes arautos da beleza do amor sustentado e alimentado pela fé, dom Deus oferecido com largueza e generosidade a todos, para que possam encontrar cada dia o sentido da sua vida".

    Equipes de Notre Dame
    As Equipes de Notre Dame são um movimento Cristocêntrico da Igreja Católica Apostólica Romana, fundado pelo Padre Henry Cafarrel e alguns casais franceses durante a Segunda Guerra Mundial, na França. Constitui uma Associação Internacional Católica de Leigos, reconhecida pelo Decreto 650, de 1992, do Pontifício Conselho para os Leigos.

    Atualmente o movimento está em 86 países, incluindo o Brasil, onde chegou em 1950. (BD / DA)

    Retiro Fechado para Casais na Canção Nova de Gravatá-PE

    segunda-feira, 2 de julho de 2012

    Inscrições abertas para os atletas do Bote Fé na Vida Recife



    Já estão abertas as inscrições para a corrida de rua Bote Fé na Vida Recife. A prova será realizada no próximo dia 22 de julho, na Avenida Sul, Área Central do Recife. A inscrição online custa R$ 15* e a presencial R$ 10. Parte do valor arrecadado será destinado à pedestrianista Maria de Lourdes Ferreira, a Pretinha, que corre em busca da casa própria. O evento marcará a contagem regressiva de um ano para a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.

    Clique aqui para fazer a sua inscrição online.

    Os kits serão entregues no dia 21 de julho, no Santuário de Fátima (antigo Colégio Nóbrega).

    *O valor online é mais caro por conta da taxa de conveniência, que vai para o site.

    Confira a entrevista coletiva do Bote Fé na Vida.



    Bote Fé na Vida Recife na imprensa

    Confira as notícias que a imprensa publicou sobre o Bote Fé na Vida nesta terça-feira (19).

    GloboCorrida no Recife marca contagem regressiva para Jornada da Juventude

    Rádio JornalArquidiocese de Olinda e Recife lança corrida Bote Fé na Vida em contagem regressiva para JMJ

    JC Online - Arquidiocese de Olinda e Recife lança corrida de rua 

    Folha PE - Inscrições para corrida “Bote Fé na Vida” iniciam hoje

    Fonte: Comunicação – CAP Juventude

    Penitenciaria Apostólica, um tribunal desconhecido

    As edições CNBB lançam dois livros sobre a Penitenciaria Apostólica em português

      As edições CNBB lançam mais dois volumes em português. Dessa vez é para dar a conhecer um tribunal ainda pouco conhecido pela maioria dos católicos, A Penitenciaria Apostólica.
    O primeiro volume tem como título: “Quando e como recorrer a Penitenciaria Apostólica” e visa dar uma visão, para sacerdotes e fiéis, sobre a competência, como recorrer e como fazê-lo de modo correto. Em linguagem simples, compreensível e acessível a todos esta obra apresenta o modo correto de se dirigir à Penitenciaria Apostólica, organismo da Cúria Romana a serviço dos confessores e dos penitentes.
    A segunda obra se intitula: “A Penitenciaria Apostólica, história de um Tribunal de misericórdia e piedade”. São muitas as perspectivas sob as quais é possível colocar a Penitenciaria Apostólica, para se entender a índole jurídica e se indicar as funções pastoral-eclesiológicas, jurídicas e antropológicas. Esta nova publicação, baseando-se em estudos mais representativos, tem a pretensão de fazer conhecer, também àqueles que não são verdadeiros "pesquisadores" ou apaixonados de História da Igreja, a vida e a atividade de um Dicastério que, no decurso dos séculos, por seu amplo raio de ação e por suas competências, adquiriu crescente prestígio na Cúria Romana na sua função de um Tribunal de Misericórdia e Piedade.
    Contatos de venda: (61) 2193 3019 ou www.edicoescnbb.com.br

    quinta-feira, 21 de junho de 2012

    Conheça os santos das festas juninas (Santo Antônio, São João e São Pedro)

     

    _ Eu gosto muito do mês de junho porque é cheio de festas para gente ir!!!
    _ É mesmo! Mas você sabia que toda essa alegria vem de antigamente, quando comemoravam no mês de junho o início do preparo da terra para o plantio. Hoje, a festança começa no dia 12, véspera de Santo Antônio, e termina no dia 29, dia de São Pedro e São Paulo. No meio, está a noite de 23 para 24, dia de São João Batista.
    _ Nossa!! Quantos santos em um só mês!!! Mas a história de alguns deles eu conheço, como por exemplo, a de São Pedro. Pedro chamava-se Simão. Ele era um simples pescador até que foi chamado para ser um dos doze apóstolos de JESUS. JESUS lhe deu o nome de Pedro que quer dizer pedra e disse: "És Pedro! E sobre esta pedra construirei minha Igreja". Pedro viveu muitos anos após a Ressurreição de Jesus, dedicando sua vida à pregação do Evangelho para as pessoas. Pedro é o primeiro papa da Igreja!
    _ Que bacana!! E a história de Paulo é também muito interessante! Seu nome original era Saulo. Ele perseguia os cristãos. Um dia, no caminho de Damasco, veio uma luz do céu, mais brilhante que a luz do sol e derrubou-o. Ouviu-se então uma voz que dizia: "Saulo, Saulo, porque me persegues? Respondeu ele então: "Quem és tu Senhor?" Ele respondeu: "Eu sou Jesus a quem tu persegues. Levanta-te e vai à cidade e aí se te dirá o que te convém fazer. Paulo foi para cidade, ficou cego, sem comer, nem beber, orando e meditando sobre a revelação que Deus lhe fizera. Ao terceiro dia, o Senhor mandou que Ananias fosse ver Paulo e impor-lhe as mãos para recobrar a vista. Ananias obedeceu. Paulo confessou a sua fé em Jesus, recobrou a vista e recebeu o Batismo; e daqui em diante começou a pregar em toda a parte que Jesus é o Filho de DEUS!!!
      _ Muito legal!! Já a história de Santo Antônio é mais recente. Seu nome era Fernando. Nascido de família rica, formou-se padre. Aos 25 anos, trocou a Ordem de Santo Agostinho pela Ordem dos Franciscanos. Adotou o nome de frei Antônio. Passou os cinco últimos anos de vida em um convento de Pádua, na Itália, onde morreu em 13 de junho de 1231, com apenas 36 anos. Por isso, é chamado de Santo Antônio de Pádua.
    _ Já São João é primo de JESUS e filho de Isabel e Zacarias. João Batista batizou Jesus. João Batista vivia no deserto e comia gafanhotos e mel. Ele pregava a conversão e a chegada do cordeiro de DEUS, que é JESUS. Por isso, a imagem de São João Batista é apresentada como um menino com um carneirinho no colo.
    _ Todos esses homens têm algo em comum...
    _ Acho que já sei!! Todos se tornaram discípulos de JESUS de verdade, amando-o mais que às outras coisas!
     _ É isso aí!! JESUS não quer que deixemos de amar nossos pais, irmãos e amigos, e sim que coloquemos a vontade de DEUS em primeiro lugar em nossa vida!! Saem cantando:
    __ “Eu pedi em oração, ao querido São João, que me desse o matrimônio...São João disse que não, São João disse que não, isso é lá com Santo Antônio!!”

    segunda-feira, 18 de junho de 2012

    Delegação da Santa Sé chega a Rio + 20 para defender e destacar o valor da vida humana

    Dom Francis Chullikatt, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas

    Segundo informou a Conferência Nacional dos bispos do Brasil (CNBB) em seu portal oficial, a Rio+20 já conta com a participação de uma representação da Santa Sé, chefiada pelo cardeal arcebispo de São Paulo (SP), Dom Odilo Pedro Scherer e que conta com a presença de Dom Francis Chullikatt. Em uma recente entrevista à WebTV Redentor, este prelado destacou que a missão da representação do Vaticano é destacar a pessoa humana e os problemas ecológico-sociais dos países mais pobres que muitas vezes não têm voz nas grandes conferências.

    Para cardeal Scherer, liderar a comitiva “é uma tarefa importante porque eu irei integrar e, ao mesmo tempo, chefiar a delegação da Santa Sé, que representa a palavra da Igreja, a posição da Igreja sobre as questões tratadas na Rio+20. No entanto, com grande honra, porque é a oportunidade de apresentar o pensamento da Igreja, que tem uma grande autoridade moral no conselho das nações. Embora o Vaticano seja um Estado pequeno, a sua representatividade é muito grande e importante no âmbito das nações”, disse o cardeal.

    Dom Odilo, segundo a nota da CNBB, ressaltou a forte presença da Santa Sé em eventos promovidos pelas Nações Unidas e outros órgãos internacionais. “Ela tem se feito presente através do Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas e por isso também apresenta a Santa Sé em eventos como este, que é a Rio +20”.

    “A Igreja tem um pensamento, um olhar próprio sobre todas essas questões, uma visão sobre o homem, uma visão sobre a economia, cultura, sobre a vida e assim por diante. Portanto, são oportunidades da Santa Sé, em nome da Igreja, de estar colocando a posição, a palavra da Igreja para ajudar a servir e iluminar, e isso faz parte da missão evangelizadora da Igreja”, concluiu.

    Pela primeira vez no Rio de Janeiro e com participação ativa na Rio + 20, o Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Francis Chullikatt, tem uma missão importante: destacar a pessoa humana e os problemas ecológico-sociais dos países mais pobres, que, segundo ele, muitas vezes não têm voz nas grandes conferências.

    Junto com dom Francis, chegaram na última terça-feira, 12 de junho, três colaboradores: o Pe. Philip J. Bené, Pe. Justin Wylie e o advogado Lucas Swanepoel, que já estão participando da 3ª Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reúnem representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência.

    Em entrevista para a WebTV Redentor, dom Francis Chullikatt falou sobre o papel da Igreja na Rio+20, destacando os três aspectos do desenvolvimento sustentável: a sustentabilidade econômica, social e ambiental.

    “A Igreja é muito importante no desenvolvimento destes três aspectos. Relacionado ao aspecto econômico, sabemos que a Igreja Católica sempre se preocupa com os países pobres. Quando falamos do social, sabemos que a Igreja é totalmente envolvida no crescimento da situação social do mundo. O terceiro aspecto, o ecológico, pode-se destacar, aqui no Brasil, a preocupação com a proteção da Amazônia. Nós cuidamos da natureza, porque nós católicos acreditamos na preservação”, disse.

    O Observador na ONU mostrou-se preocupado em trabalhar durante a Conferência, principalmente com os países pobres, já que a Rio+20 tem dois temas centrais: "A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza"; e "A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável".

    “Viemos mostrar especialmente aqueles que não têm voz, especialmente o povo dos países pobres. Defendemos a humanidade e as pessoas que têm a vida violentada pelo mundo. Temos que ter essa preocupação para a vida humana ser preservada”, acrescentou Dom Chullikatt à WebTV Redentor, um veículo de evangelização da arquidiocese do Rio de Janeiro.

    A entrevista completa de Dom Chullikatt à WebTV Redentor pode ser vista em: http://www.redentor.tv.br/media/delegacao-da-santa-se-para-rio20

    Anglicanos se opõem a permitir matrimônio homossexual



    Em resposta a uma consulta do Governo, a Igreja Anglicana assinalou esta semana que a mudança da legislação que prevê o Executivo britânico para permitir "matrimônios" entre pessoas do mesmo sexo provocaria um conflito entre seus preceitos e a legalidade democrática.
    O governo inglês estuda legalizar as uniões entre pessoas do mesmo sexo nesta legislatura e iniciou faz três meses um período de consultas sobre a questão que terminou na quinta-feira 14 de junho.
    Na sua resposta à consulta do governo, as autoridades da Igreja Anglicana afirmaram que não podem apoiar a proposta de facilitar "a todos os casais, independentemente do seu gênero, a ter uma cerimônia de "matrimônio" civil".
    Além disso, consideraram que o documento da consulta, implica erroneamente que há duas categorias de matrimônio, "civil" e "religioso", "isto é confundir a cerimônia das bodas com a instituição do matrimônio".
    A Igreja Anglicana considera que mudar a compreensão estatal do matrimônio, mudará o modo em que se define o matrimônio por todos, apesar de que o governo assegure o contrário, e mudará a natureza dos matrimônios celebrados nas Igrejas e outros lugares de culto.

    Fonte: ACI

    quarta-feira, 13 de junho de 2012

    Santo Antônio e o milagre eucarístico de Rimini

    A narração de um dos milagres mais significativos do Santo, por ocasião da celebração da sua memória litúrgica de hoje


    Por Salvatore Cernuzio
    ROMA, quarta-feira, 13 de junho de 2012
    – “Santo dos Milagres”, assim era chamado Santo Antonio de Pádua, que hoje celebramos a memória litúrgica.
    De fato, foram muitos os prodígios que o Santo realizou ao longo da sua vida. Particularmente, a tradição nos deu a conhecer o famoso “milagre eucarístico de Rimini”, ou o assim chamado milagre “da mula”, acontecido na capital da Romanha e atribuído à sua intercessão.
    Na sua intensa atividade de evangelização, santo Antonio foi ativo em Rimini por volta do 1223 e foi justo neste período que o milagre foi narrado em vários livros históricos – entre os quais a Begninitas, uma das primeiras fontes sobre a vida do santo – que narram episódios análogos acontecidos também em Tolosa e em Bourges.
    O episódio está relacionado com a luta entre cristãos e hereges: nos primeiros séculos após o ano Mil, de fato, a hierarquia da Igreja era fortemente contestada por movimentos heterodoxos, incluindo os cátaros, patarines e valdenses. Especialmente, estes atacavam a verdade fundamental da fé católica: a presença real do Senhor no sacramento da Eucaristia.
    O Milagre Eucarístico foi obrado por Santo Antonio depois que um certo Bonovillo, um herege, o desafiou a provar por meio de um milagre a presença real do Corpo de Cristo na comunhão. Outra biografia antiga de Santo Antônio – A  Assídua – traz as palavras exatas faladas por Bonovillo no 'desafio': "Irmão! Digo-te diante de todos: acreditarei na Eucaristia se a minha mula, que deixarei sem comer por três dias, comer a Hóstia que tu lhe oferecerás, em vez da forragem que lhe darei”.
    Se o animal tivesse, portanto, deixado de lado a comida e ido adorar o Deus pregado por Santo Antônio, o herege ter-se-ia convertido.
    O encontro foi marcado na Praça Grande (Atual Praça dos Três Mártires), atraindo uma multidão enorme de curiosos. No dia combinado, portanto, Bonovillo apareceu com a mula e com a cesta de Forragem. Chegou Santo Antônio que, depois de ter celebrado a Missa, trouxe em procissão a Hóstia consagrada dentro do ostensório até a praça.
    Diante da mula, o Santo teria dito: “Em virtude e em nome do Criador, que eu, por mais indigno que seja, tenho realmente nas mãos, te digo, ó animal, e te ordeno que te aproximes rapidamente com humildade e o adores com a devida veneração”.
    O animal, apesar de estar esgotado pela fome, deixou de lado o feno, e aproximou-se para adorar a hóstia consagrada a tal ponto que inclinou os joelhos e a cabeça, provocando a admiração e o entusiasmo dos presentes. Antonio não se enganou ao julgar a lealdade do seu oponente, que, ao ver o milagre, jogou-se aos seus pés e abjurou publicamente os seus erros, tornando-se a partir daquele dia um dos mais fervorosos cooperadores do Santo taumaturgo.
    Em memória deste episódio foi construído, na praça Três Mártires, uma igrejinha dedicada a Santo Antonio com uma capela que fica na frente, obra de Bramante (1518). A capela, no entanto, foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial.
    Hoje, então, é possível visitar, do lado do Santuário de São Francisco de Paula, o “templete” – como é chamado pelos habitantes de Rimini – em substituição da Igreja originária, que foi consagrada no dia 13 de abril de 1963.
    Com um tabernáculo de prata dourado que reproduz o pequeno templo exterior, e de um frontal de altar de bronze mostrando o milagre da mula, a igrejinha tornou-se sede da Adoração Eucarística perpétua a partir do 28 de novembro de 1965, por vontade do bispo Biancheri.
    Historicamente o milagre da mula apareceu um pouco tarde na iconografia de Santo Antônio, no âmbito do movimento eucarístico do século XIII que levou, em 1264, à instituição da festa solene do Corpus Domini pelo Papa Urbano IV, a fim de defender e dar o justo valor à Eucaristia.

    [Tradução do Italiano por Thácio Siqueira]

    Canção Nova Sertaneja em Gravatá - PE

    quarta-feira, 23 de maio de 2012

    O que é a Divina Providência?

    José, o filho mais amado de Jacó, foi vendido como escravo pelos próprios irmãos. Disseram estes ao pobre pai que uma fera havia comido aquele a quem a Providência havia mostrado sua predileção através de sonhos. A Bíblia descreve a dor de Jacó, o pai que amava o caçula prometido por Deus, dotado de tantos dons naturais e sobrenaturais. Após anos de separação, por causa de uma seca que assolou a Palestina, os irmãos do escravo José encontraram-se agora com o vice-rei do Egito.

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    A cena da autorrevelação de José aos seus irmãos é comovente. O escravo vendido pelos seus parentes havia se tornado o segundo homem do Egito e lhe cabia a missão de salvar a seus irmãos da miséria. O próprio José explicou a grandeza do acontecimento: "não fostes vós que me fizestes vir para aqui. Foi Deus. [...] Premeditastes contra mim o mal: o desígnio de Deus aproveitou-o para o bem [...] e um povo numeroso foi salvo" (Gn, 45, 8; 50, 20). Esta é uma das inumeráveis ações da Divina Providência. Quantas e quantas vezes vê-se na História da Salvação, que Deus em sua oni­potente Providência, pode tirar um bem consequente do mal, mesmo moral, causado pelas criaturas. Este atributo de Deus é ao mesmo tempo pervadido de grandeza e mistério. Por esta razão, São Paulo exclama: "Ó abismo de riqueza, de sabedoria e de ciência em Deus! Quão impenetráveis são os seus juízos e inexploráveis os seus caminhos!" (Rm 11,33). Ajoelhado diante desta magnitude, é natural que nos perguntemos: o que a doutrina Cristã ensina acerca da Providência Divina?

    O que é a Divina Providência?
    Ensina o Catecismo que "a divina Providência consiste nas disposições pelas quais Deus conduz, com sabedoria e amor, todas as criaturas, para o seu último fim"[1]. Toda a criação foi formada "em estado de caminho" para uma perfeição última destinada por Deus a todos os homens: a salvação eterna[2].
    Chamamos Divina Providência às disposições pelas quais Deus conduz a sua criação em ordem a essa perfeição. O Concílio Vaticano I afirma que "Deus guarda e governa, pela sua Providência, tudo quanto criou, ‘atingindo com força de um extremo ao outro e dispondo tudo suavemente' (Sb 8, 1). Porque ‘tudo está nu e patente a seus olhos' (Hb 4, 13), mesmo aquilo que depende da futura ação livre das criaturas".[3]

    O que a Bíblia fala sobre a Providência de Deus?
    Na Bíblia encontramos diversos testemunhos desta ação divina. Deus não deixa faltar o maná ao povo no deserto e cuida da viagem de Tobias (cf. Tb 2. 12-18). A solicitude da Divina Providência é concreta e imediata, abrange tudo, desde os mais insignificantes pormenores até os grandes acontecimentos da história do mundo. Os livros santos afirmam, com veemência, a soberania absoluta de Deus no decurso dos acontecimentos: "Tudo quanto Lhe aprouve, o nosso Deus o fez, no céu e na terra" (Sl 115, 3); "há muitos projetos no coração do homem, mas é a vontade do Senhor que prevalece" (Pr 19, 21).
    Muitas vezes, vemos o Espírito Santo, o autor da Sagrada Escritura, atribuir a Deus certas ações, sem mencionar causas segundas: "Deus protege a viúva e o órfão". Como estes, diversos são os exemplos na Bíblia. O Catecismo recorda que isso não é "uma maneira de dizer" primitiva, mas sim um modo profundo de afirmar o primado de Deus e seu senhorio absoluto sobre a história e sobre o mundo (Cf. Is 10, 5-15;45, 5-7;Dt 32, 39;Eclo 11,14). Desta forma, Deus nos ensina a ter confiança n'Ele. A oração dos Salmos é, aliás, a grande escola desta confiança (Cf. Sl 22; 32; 35; 103; 138).
    No Evangelho, Jesus nos convida a um abandono filial à Providência do Pai Celeste, que cuida das pequenas necessidades dos seus filhos: "Não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? Que havemos de beber? [...] Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso. Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo" (Mt 6, 31-33; Cf. Mt 10, 29-31; Mt 6,11).
    O apóstolo São Pedro exorta aos primeiros cristãos: "Lançai sobre Deus toda a vossa inquietação porque Ele vela por vós" (1Pd5, 7; Cf. Sl 55, 23). Esta era a firme crença nos primórdios do Cristianismo como afirmavam diversos Padres da Igreja: Clemente de Alexandria[4], Orígenes e Santo Agostinho[5].

    Existe o acaso?
    Há diversas correntes de pensamento que negam a existência da Divina Providência. A primeira delas argumenta que a existência do acaso elimina a possibilidade de que Deus governe todos os acontecimentos. Segundo alguns autores, o mundo é regido pelas suas regras. O cair de uma folha, o cantar dos pássaros ou mesmo o existir de um animal na profundeza dos mares em nada é influenciado por Deus que não governa todos os aspectos da vida.

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    De fato, é preciso reconhecer que existem três tipos de acontecimentos: um é casual, totalmente neutro em ordem à nossa salvação. Não se pode encontrar razões a não ser na casualidade para fatos como alguém sentar ao meu lado no ônibus usando uma camisa de determinada cor. São acontecimentos realmente neutros, normais e aleatórios em nossa vida[6]. Entretanto, há também certos eventos em nosso cotidiano que derivam da liberdade ou da contingência humana. O filho estudar em determinado colégio, não é casual, deriva da vontade dos pais, que preveem e predeterminam algo em relação aos seus filhos. Orientam assim ocasiões para o bem de sua prole.
    Todavia, de forma muito mais comum do que pensamos, inúmeros acontecimentos da vida correspondem a verdadeiros desígnios da Providência. Segundo o Divino Mestre, nenhum fio de cabelo cai de nossa cabeça sem Seu consentimento (cf. Lc 12,7).
    Acrescenta-se ainda que Deus é a causalidade universal de todos os acontecimentos, mesmo dos casuais, Ele é o Senhor mesmo do acaso, pois é a origem primeira de toda a criação. Por esta razão, Deus conhece em sua Providência todas as coisas. De fato, providência deriva de pro, um prefixo grego, que significa antes, e de vidência, deriva do verbo latino videre, ver. Deus vê tudo com antecedência.
    A Providência de Deus não predetermina os acontecimentos, mas permite e orienta as situações em ordem à nossa Salvação. Sendo Senhor das regras e leis da natureza, pode prever com insuperável e misteriosa ciência - a qual nossa razão humana não pode alcançar - detalhes mínimos da vida cotidiana para o bem das almas.
    Conta-se que certa vez, uma senhora tentada de suicidar-se carregou um revólver a fim de cumprir seu triste objetivo. No momento em que ia desferir contra si o disparo, ouviu o toque da campainha da casa. Para atender aquele que seria seu último contato neste mundo, depositou a arma sobre a mesa e apenas viu um envelope de uma campanha católica. Ao abri-lo uma imagem da Virgem Maria a fez cair em si. Admirada, abandonou a ideia de suicídio e voltou à frequência da Igreja. O carteiro nem imaginava que a Providência Divina contava e seus passos a fim de salvar uma vida...
    Frei Garrigou-Lagrange recorda que "por insondável que seja esta sabedoria divina não é obscura para nós, senão porque é demasiado luminosa em si mesma"[7]. A providência é uma consequência dos atributos da onisciência e da onipotência de Deus. A providência é ditada pela bondade generosa e misericordiosa de Deus. É pessoal; cuida com amor de cada homem; não é uma ação automática e mecânica. Deus a tudo sustenta. Se, hipoteticamente, esquecesse um momento de alguém, este voltaria ao nada, deixaria de existir.
    A presciência de Deus quanto aos acontecimentos contingentes à vontade humana é um dogma definido pelo Concílio Vaticano I. A providência elimina o casual. Esta ideia é tão racional que mesmo certos povos antigos chegaram à conclusão da Providência Divina. Existe referência a este atributo divino em muitas religiões antigas e na filosofia grega.

    A Providência Divina não limita a liberdade do homem?
    Outra objeção contra a existência da Providência Divina está na liberdade do homem, pois se Deus soubesse nossas atitudes desde toda eternidade, significaria que elas são predeterminadas. Isto redundaria que conforme defenderam vários hereges, não possamos ter plena liberdade. Existem assim os predestinados à salvação ou à condenação eterna. A Igreja rejeita estes erros contrários à esperança e ao temor cristão, porque levam o homem ao desespero ou à presunção de sermos salvos.
    É preciso observar ainda que há uma distinção entre providência e predeterminação. Se Deus determinasse todos os atos humanos, sua salvação ou perdição eterna, o homem não possuiria liberdade. Deus prevê as ações dos homens antes mesmo de criá-los. Isto não desdoura a perfeição da criação, mas glorifica seu Autor em razão da capacidade de criar seres livres ainda que sejam capazes de Lhe ofender[8].
    Ora, Deus é o Senhor soberano dos seus planos. Mas, para a realização destes, serve-Se também do concurso das criaturas. Isto não é um sinal de fraqueza, mas da grandeza e bondade de Deus onipotente. É que Ele não só permite às suas criaturas que existam, mas confere-lhes a dignidade de agirem por si mesmas, de serem causa e princípio umas das outras e de cooperarem, assim, na realização do seu desígnio.
    Ensina o Catecismo que, aos homens, Deus concede a participação na sua Providência, confiando-lhes desde o início do mundo a responsabilidade de "submeter" a terra e dominá-la (cf. Gn1, 26-28). Assim, concede-lhes que sejam causas inteligentes e livres para completar a obra da criação e aperfeiçoar a sua harmonia, para o seu bem e o dos seus semelhantes.
    Entretanto, ainda que sejamos muitas vezes cooperadores inconscientes da vontade divina, podemos entrar deliberadamente no plano divino, através das obras de apostolado e das orações, como também pelos nossos sofrimentos (Cf. Cl 1,24). Tornamo-nos, então, plenamente "colaboradores de Deus" (1Cor 3, 9; Cf. 1Ts 3,2.) e do seu Reino (Cf. Cl 4,11)[9]. Assim, Deus é a causa primeira, que opera nas e pelas causas segundas: "É Deus que produz em nós o querer e o operar, segundo o seu beneplácito" (Fl2, 13; Cf. 1Cor 12, 6).

    A Providência não pode evitar o mal e o sofrimento?
    Narra Battista Mondin, que durante a II Guerra Mundial um soldado nórdico tomou à força o filho recém-nascido de uma prisioneira. Atirando-o ao chão, esmagou com o calcanhar a cabeça da criança diante da pobre mãe[10]. O fato é chocante. Por esta razão, certos autores se perguntam, por que não interviu Deus diante de tamanha crueldade? Enfim, por que Deus permite o mal sobre a Terra?

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    O Catecismo ensina que a esta questão, "tão premente como inevitável, tão dolorosa como misteriosa, não é possível dar uma resposta rápida e satisfatória"[11]. É o conjunto da fé cristã que constitui a resposta a esta questão. É a bondade da criação, o drama do pecado, o amor paciente de Deus que vem ao encontro do homem pelas suas alianças, pela Encarnação redentora de seu Filho, pelo dom do Espírito, pela agregação à Igreja, pela força dos sacramentos, pelo chamamento à vida bem-aventurada, à qual as criaturas livres são de antemão convidadas a consentir, mas à qual podem, também de antemão, negar-se, por um mistério terrível. Não há nenhum pormenor da mensagem cristã que não seja, em parte, resposta ao problema do mal[12]. Todavia, ainda poderíamos nos perguntar: Por que Deus não criou um mundo tão perfeito, que nenhum mal pudesse existir nele? De fato, Segundo São Tomás, no seu poder infinito, Deus podia ter criado um mundo melhor[13]. No entanto, na sua sabedoria e bondade infinitas, Deus quis livremente criar um mundo "em estado de caminho" para a perfeição última. Este devir implica - no desígnio de Deus, juntamente com o aparecimento de certos seres e o desaparecimento de outros - o mais perfeito, com o menos perfeito; as construções da natureza, com as suas destruições. Com o bem físico também existe, pois, o mal físico durará enquanto a criação não tiver atingido a perfeição[14].
    Os anjos e os homens, criaturas inteligentes e livres, devem caminhar para o seu último destino por livre escolha e amor preferencial. Assim, podem desviar-se do seu fim último ordenado e racional e de fato pecar, como narra a História e nossa experiência própria. Foi assim que entrou no mundo o mal moral, ou seja o pecado,incomensuravelmente mais grave que o mal físico. Deus não é, de modo algum, nem direta nem indiretamente, causa do mal moral[15]. No entanto, permite-o por respeito pela liberdade da sua criatura e misteriosamente sabe tirar dele o bem. Como no caso de José do Egito, Santo Agostinho afirma que "Deus todo-poderoso [...] sendo soberanamente bom, nunca permitiria que qualquer mal existisse nas suas obras se não fosse suficientemente poderoso e bom para do próprio mal, fazer surgir o bem"[16].
    Os santos sempre afirmaram esta verdade. Santa Catarina de Sena declarava aos "que se escandalizam e se revoltam contra o que lhes acontece": "Tudo procede do amor, tudo está ordenado para a salvação do homem, e não com nenhum outro fim"[17]. O inglês, São Tomás Moro, pouco antes do seu martírio, consola sua filha com estas palavras: "Nada pode acontecer-me que Deus não queira. E tudo o que Ele quer, por muito mau que nos pareça, é, na verdade, muito bom"[18]. Juliana de Norwich: "Compreendi, pois, pela graça de Deus, que era necessário ater-me firmemente à fé [...] e crer, com não menos firmeza, que todas as coisas serão para o bem [...]. Tu mesmo verás que de todas as maneiras serão boas"[19]. São Paulo Apóstolo não hesita em afirmar que "tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8, 28).
    De fato, do maior crime praticado na História, como a condenação e morte do Filho de Deus, causado pelos pecados de todos os homens, Deus, pela superabundância da sua graça (cf. Rm 5, 20), tirou o maior dos bens: a glorificação de Cristo e a nossa redenção.

    A Fé na Divina Providência de Deus nos convida à confiança.

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    Ainda quando nos sentimos nesta vida desorientados, sem o rumo certo ou numa verdadeira "avenida de becos sem saída", devemos nos lembrar que Deus guia nossos passos. Os caminhos divinos podem nos ser de fato desconhecidos e dolorosos, mas devemos tanto nos imprevistos miúdos do dia-a-dia como e sobretudonos grandes dramas da existência, ver os dedos discretos, amorosos e eficazes de Deus, guiando a trama de nossa vida. Assim, seremos verdadeiramente tranquilos e pacientes, abandonando-nos totalmente aos cuidados da Divina Providência.  

    Por Marcos Eduardo Melo dos Santos